14 de Março de 2015
Nas Encostas do Douro
Etapa 2 do Circuito N GPS – Medas – Gondomar
“E o Porto aqui tão perto” cantava e muito bem, Sérgio Godinho.
E eu diria também, “Gondomar aqui tão perto”, bem mesmo ao lado e com muito que conhecer, sobretudo no que toca a percursos para a prática de BTT, ou seja trilhos por terra, em montes, caminhos florestais, rurais e single-tracks, nas encostas sobranceiras ao Douro, o tal rio que a escola nos ensinou, aos mais velhos e de outras gerações escolares, ter sido o último a acordar e a ficar com o mais agreste leito, até à sua foz.
Se foi o mais “preguiçoso” teve o condão de ficar com as mais belas paisagens fluviais, de que Portugal possui e que proporciona a todos os que o visitam, o mais belo encanto, seja na Primavera ou no Outono, sempre com um colorido diferente, enchendo-nos de alegria, quando o percorremos nas suas margens ou quando nele navegamos, em cruzeiros turísticos.
Para nós, os inscritos na segunda etapa do N GPS, não foi preciso irmos muito mais para Norte e a montante, para desfrutarmos de belas paisagens, onde o rio Douro corre, entre as arribas do Douro Internacional ou entre as encostas do Douro Vinhateiro, moldadas pela força humana e que são Património Mundial da Humanidade, ambas de uma rara beleza.
Bastou-nos isso sim, ir apenas até Medas, no concelho de Gondomar e pedalar até ao cimo das encostas, para deslumbrar um dos mais bonitos meandros do Douro, onde se situa a praia fluvial da Lomba, na margem sul do rio e desfrutar de outras belas paisagens com aldeias encasteladas, que não deixamos de registar, enquadrando-nos nelas, para as fotos de grupo, que sempre acabamos por tirar, nestas pedaladas.
Damos os parabéns à Sociedade Columbófila 10 de Junho, de Medas – Gondomar, eu, o cronista, o Alexandre Aires, o nosso elemento com o mais bonito sotaque da língua de Camões, o “brasileiro” do grupo Dar ao Ped@L e o Diogo Santos, o mais jovem de todos, e que tão bem nos orientou com o GPS, desde a partida até à chegada, sem nunca se atrapalhar, mesmo que, com um ou outro pequeno engano.
Damos os parabéns sim, com todo o gosto e felicitamos a organização, por ter desenhado tão belo traçado, sem zonas de exageros ou grandes riscos, com subidas todas cicláveis, descidas rápidas e a gosto de todos, pelos single-track junto ao Douro, pela passagem por locais como a marina de Covelo-Lixa e a praia fluvial de Melres, por ter tido um secretariado sem confusões, tanto no inicio como no fim, por ter tido o cuidado e a preocupação de acompanhar em quase todo o percurso, o que aí se ia passando e ainda por nos brindar com água e fruta, no final do passeio.
Fizemos os 47 km, sem pressas e sem stress e bem que poderíamos ter feito os 67 km, pois de certeza teríamos ainda mais que ver e conhecer, o que foi pena, isto porque tivemos tempo para estar parados para fotografar (n fotos), a comer (n vezes incluindo a hora do almoço volante + de 30min à vontade e em convívio com outros amigos do Maia BTT Team), a tratar de pequenas avarias (2x a encher pneus – Diogo, 2 furos c/mudança de câmara na roda traseira – Diogo e Valdemar e ainda a tentativa de arranjar a manete de mudanças do Aires), duas pequenas quedas minhas, sem gravidade, sendo que uma delas até me chegou a assustar e, mesmo assim ainda chegamos cedo ao nosso destino, pouco passava das três e meia da tarde.
No Dar ao Ped@L, somos mesmo assim, quase sempre os últimos a chegar, mas felizes.
Mas para quê chegar em primeiro e cedo à meta, ser o mais rápido, se neste tipo de eventos, nada se ganha por isso e se a vida nos ensina que ser apressado e precoce, não é lá muito bom e não se tira todo o prazer, neste caso… a pedalar.
Carpe Diem meus amigos e até breve.
Valdemar Freitas
Pingback: Nas Encostas do Douro | Multo Amore
Excelente crónica caro amigo, para ser perfeita, faltei eu lá 😉 mesmo assim, obrigado pela partilha. Abraço.
Obrigado Tomé.
Um abraço,
Gosto, aliás Valdemar consegues transcrever a vossa façanha neste NGPS. Cin*****co
Obrigado Oliveira.
Um abraço,