Arcos de Valdevez
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28 de Outubro de 2012
Fiz a minha Estreia em Passeios de BTT, no ano passado na IV Castanhada, em Arcos de Valdevez.
Tinha a minha Scott poucos meses de vida e decidi mostrar-lhe as serras do parque da Peneda Gerês.
O entusiasmo foi tal, que desde aí não parou e agora prometi-lhe pelo menos uma vez por mês levá-la a estes passeios.
Como não podia deixar de ser, depois da Douro Bike Race e dos 5 Cumes, em Setembro e da Maratona do Gerês, em Outubro, não podia faltar a Castanhada.
Até porque em Arcos de Valdevez, terra onde fui criado, não podia perder a oportunidade de voltar aos caminhos por onde passei quando era um catraio.
Sim porque na altura, cheguei ir até à Miranda, com um amigo que infelizmente já nos deixou.
Era com alguma expectativa que aguardava por este passeio, com um Gráfico de altimetria que me fez arrepiar, depois da dureza do Douro Bike Race e da Maratona do Gerês, subir dos 34 aos 840 m de altitude em 18 kms, assustava-me.
Sossegou-me o amigo Nuno Araújo, da Organização Btt Terras do Vez, a dizer-me que se fazia devagar e que ninguém ficaria para trás.
Apesar de ter recomendado este passeio aos meus amigos do Dar ao Ped@L, só um teve a coragem de me acompanhar, o Augusto Tomé, que não se assustou com os 60 kms e apesar de ainda estar “gripado”, decidiu vir até aos Arcos de Valdevez e acompanhar-me nesta aventura.
Grande companheiro.
Lá fomos subindo por Vila Fonche, em direcção ao Castelo, altura em que tive de desmontar da burra e trepar pelas subidas até chegar ás Aveleiras e continuar até á Miranda, onde nos esperava o 1.º reforço (este só com água, porque as bananas verdes ficaram no carro – safei-me com unas barras que tinha na jersey)
As paisagens eram fantásticas, pelo que as paragens aumentaram para documentar a nossa passagem e toca a disparar umas fotos.
Nesta altura alguns betetistas já desgastados com a subida iam por atalhos, até alcançar o tão desejado reforço, na Cruz Vermelha.
Apenas optamos pela alternativa 1, dado o estado de saúde em que se encontrava o meu amigo Tomé, com a tosse a travar-lhe a respiração.
Depois do reforço, a 18 Km, onde a Organização montou a barraca num local fantástico e não faltaram as famosas bolas de Berlim, para além da fruta, sandes, água, sumos, com fartura.
Eram 12:00 h, quando partimos para a 2.ª aventura, com passagem por um parque, com uns trilhos fantásticos, até chegarmos a Corno do Bico.
Foi a partir daqui que conjuntamente com 2 companheiros, que nos perdemos no meio da floresta e encontramos uns caçadores a indicar-nos que estávamos perto de uma ambulância, onde se encontravam já outros betetistas, com o Nuno a dizer-me que o caminho não era por aqui.
Nada havia a fazer, era esperar pelo meu amigo Tomé e entreti-me a tirar fotos aos betetistas que iam descendo a encosta, alguns conhecidos, do mundo do BTT, como o Rui Lavarinhas, campeão nacional de XCM/XCO e o jovem Tiago Amorim, também do XCO, da Saertex Portugal – Bicicletas Lavarinhas.
A partir daqui faltavam 20 Kms até á vila dos Arcos de Valdevez, foi sempre a descer por estrada e caminhos de terra, em bom estado, dando asas á adrenalina.
Chegamos ao Campo do Transladário, nos Arcos eram 16:20 h, para depois de um reconfortante banho quente no estádio municipal, seguirmos até restaurante Floresta, para um merecido almoço, onde se comeu muito bem, como já vem sendo hábito na Castanhada.
Em jeito de conclusão, passo a transcrever a opinião de um elemento da Organização, que subscrevo:
“Mais uma vez e seguindo a opinião dos participantes a organização brindou pela excelência, com trilhos bem definidos, divertidos e com um reforço alimentar na cruz vermelha onde nem as bolas de Berlin faltaram o que provocou uma gargalhada em todos os que lá chegavam cansados e depois de já terem atingido um acumulado de mais de 1400 m em apenas 40 km e com um considerável desgaste de calorias.
Rui Lavarinhas o já conhecido ciclista vianense que dispensa apresentações para os amantes da modalidade, foi em tom efusivo que manifestou o entusiasmo de ter participado uma vez mais neste passeio, referenciando a excelência das paisagens, a boa organização de todos os intervenientes e não deixando de mencionar o trabalho que a organização teve ao longo dos anos em conseguir que este passeio não se transformassem em mais uma competição mas sim em um passeio onde o convívio e o espírito de apreciar a montanha fosse o prato forte deste evento”
Os meus Parabéns á BTT Terras do Vez, e em especial ao seu Presidente Nuno Araújo e um até 2013, contando uma maior participação/adesão a este evento do Grupo Dar ao Ped@L
By Mário Dantas
30.10.2012
Mais fotos da minha participação na V Castanhada em:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.3322445920430.110836.1846800871&type=1
20 de Novembro de 2011
Depois das aventuras em BTT pelo caminho português desde o Porto até Santiago de Compostela em Setembro, o trilho das Pontes na Serra de Valongo, em Outubro e uma subida ao Monte Córdova, até à Sra. da Assunção, em Novembro, decidi em 20.11.2011 aventurar-me a um novo desafio, participar num evento organizado pelo Grupo BTT de Terras do Vez, uma prova que era considerada de dificuldade física média e dificuldade técnica também média.
Um evento que contou com cerca de 300 participantes e começou a rolar ás 09h.30m. Dizia o presidente da organização, Nuno Araújo, que era um passeio de cicloturismo e não uma competição.
A mensagem era certamente para alguns profissionais do BTT e não para amadores como eu para quem só faz cicloturismo, não deixou de ser uma agradável surpresa, prova bem dura, não obstante o tempo ter corrido de feição.
Depois de uma tradicional visita à vila de Arcos de Valdevez (cerca de 1,5Km), começamos a subir pelo Paço de Giela, altura em que tivemos de transportar as bicicletas à mão, durante uma longa subida.
A subida foi dura e cheia de paredes, regos e pedras tipo geira. Passamos por localidades como Grade, Cabana Maior, Boimo até chegarmos ao Mezio. As paisagens da serra eram fantásticas, de onde se avistava a vila dos Arcos e o rio Vez: parei e aproveitei para tirar algumas fotos.
Foram cerca de 20 km sempre a subir, até chegarmos a um desejado reforço, no parque nacional, na porta do Mezio, em pleno parque da Peneda Gerês. Alguns pedalistas foram ficando pelo percurso, uns que ficaram indispostos pelo esforço das subidas, transportando as bicicletas à mão, outros com avarias mecânicas.
Desde cedo, que tive a companhia dos amigos Serafim Galvão, Rui Russo e de outro companheiro do Grupo BTT Terras do Vez, que me foram incentivando e alertando para alguns perigos, com que ia deparando ao longo do trilho.
Chegado ao reforço e depois de aviar uma sande de marmelada e uma banana (as natas e os lanches já tinham desaparecido), os meus amigos perguntaram-me se tencionava continuar no trilho.
Disse-lhes que sim, que me sentia fisicamente bem e era boa oportunidade para conhecer estas belas paisagens do Gerês. Continuamos ainda a subir até chegarmos aos 929 m de altitude, Km 20,8, passando por Bouças, Dornas. Começamos a descer, por Lombadinha, não muito distante desta aldeia, encontramos a nascente do rio Vez.
A minha Scott Aspect 20 lá foi conseguindo resistir ao impacto de kms e kms de pedras soltas e bastante lama. Passamos por Carralcova, Vila Boa, Selim, até chegarmos ao Couto, Giela e finalmente a Vila de Arcos de Valdevez.
Eram 15.30 quando chegamos ao campo do Transladário, onde estava a meta. Tinha à minha espera uma calorosa recepção por parte da Organização BTT Terras do Vez.
Depois de tiradas algumas fotografias, tempo para um merecido banho e uma lavagem à bicicleta. Eram 17H.00, quando chegamos ao Restaurante Floresta, para saboreamos os bolinhos de bacalhau, os rissóis, o presunto, a broa e almoçarmos uma deliciosa carne estufada com ervilhas, acompanhada de um superbock fresquinha, seguindo-se um pudim caseiro e castanhas assadas, que já estavam frias, dado o tempo da demora a que foram servidas (ref. nome do evento IV Castanhada) e café.
Tive a honra de partilhar esta mesa com os amigos do Grupo BTT Terras do Vez.
Eram 18H.00, quando regressei ao Porto.
Parabéns à Organização BTT Terras do Vez pelo excelente evento e em particular aos amigos que me acompanharam neste Trilho.
Mário Dantas