Valongo
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Dia 9 de Dezembro de 2012
Concentração: 8:20h.
Inspecção de cavidades corporais, como sempre, obrigatória antes da partida e as indicações técnico-táticas:
Partida dada segue o grupo em direção ao marco geodésico (desaparecido) e o primeiro contratempo.
Parte do grupo opta pela descida “pai de família” e a outra parte pela descida “sangue na guelra”. Resultado: buscas e salvamento durante 15 minutos.
Problema resolvido, pessoal encontrado, seguiu-se caminho até que são dados como desaparecidos o Augusto Tomé e o António Oliveira. Enquanto alguns recuavam em seu socorro, eles próprios socorriam a válvula do pneu da frente do Augusto Tomé.
Como o lanche já tardava e ninguém queria parar o Nuno Almeida, atencioso, como sempre, resolve trilhar a câmara do pneu traseiro numa habilidade digna de um campeão de trial e força a paragem.
O António Oliveira, que não tinha fome, resolveu abrir o apetite.
Depois disto e com as forças no seu máximo foi perseguir o Augusto Tomé até ao topo da Serra de Pias.
Depois de todas as dúvidas esclarecidas relativamente à origem das pias seguimos caminho.
Descida espectacular e sem incidentes seguiu-se pelo corredor ecológico, ainda com a força máxima.
Depois disto nada a assinalar, senão a teimosia do amigo Anastácio em pilotar uma “single speed” até casa. Com a ajuda do Mascarenhas tiramos o desviador traseiro, cortamos a corrente e lá foi ele todo mandado até casa.
Resumindo, uma manhã de frio bem passada. Belas paisagens, belos trilhos e excelentes companhias.
Um abraço a todos!
Nuno Almeida
4 de Março de 2012
Bem lançei o repto, mas não tive companhia por este ou aquele motivo e nem por isso esmoreci ou resolvi ficar por casa, espreguiçado no sofá, a ver filmes na TV ou agarrado ao computador, ainda mais umas horas.
Fui pedalar sózinho…
Mas aonde é que me levariam as minhas pernas, descansadas das pedaladas há quinze dias e a precisarem de treino para novas aventuras que se avizinham.
Não queria ir para a confusão, para locais onde toda a gente vai ao Domingo com bom tempo, seja para passear, caminhar ou mesmo pedalar.
Sózinho, também não me apetecia entrar em loucuras e fazer-me a trilhos de terra que já conheço, nos montes de Santa Justa ou Alfena, pois não é razoável que se o faça sem companhia para o que der e vier e muito menos depois de ter chovido, pouco que fosse, durante a noite.
Fiz-me à estrada, passei pela alameda frontal da igreja de Santa Rita, subi até ao alto de Valongo, atravessei a cidade e abandonei-a em direcção à aldeia de Couce, encaixada no vale do rio Ferreira, entre as serras de Santa Justa e de Pias.
Fui em busca de calma na natureza, em locais que bem conheço das caminhadas, quase sempre nocturnas, e aonde não me canso de voltar.
Percorri parte do trilho ecológico, com o Ferreira a fazer-se ouvir ao meu lado, passei por galos, galinhas e garnizés, que à solta debicavam o que lhes aparecia à frente, estive junto do famoso buraco, onde um célebre Tino de Rans se enfiou e cheguei a Couce, ainda a hora da sesta, não tinha acabado.
Não sei ao certo, quantas pessoas habitam permanentemente em Couce, mas não serão muitas, pois das diversas vezes que por lá passei, sózinho ou em grupo, de dia ou de noite, quase sempre, nunca se vê vivalma.
Mas, desta vez, cumprimentei um idoso que conversava sentado com um casal e ainda um senhor que apareceu a uma janela, quando eu acabava de tirar mais uma das fotos que ilustrarão esta crónica.
Segui rumo, desci até à ponte e atravessei-a para Pias, cruzei-me com cinco motoqueiros de cross e fui tirar uma foto à minha bike, no leito do rio Ferreira.
Dei volta atràs e segui, primeiro por “terras” de Valongo, ladeando velhos moinhos em ruínas e depois, por asfalto de Gondomar até ao alto de Ramalho, onde começa a Rua de Couce que tem como fronteira dos concelhos, um marco em pedra que nos apresenta o Parque Paleozóico de Valongo.
Faltava agora voltar, fazer o regresso a casa percorrendo os paralelos até à ponte sobre o rio Simão, penar logo aí na primeira subida até ao lugar da Azenha, depois subir o que tinha descido, até ao alto de Valongo e, levar a menina a banhos, antes de em casa entrar.
Foram por aí, uma vintena e pouco de quilómetros, que muito que alegraram fazer, para que o Dar ao Ped@L tivesse algo para vos contar.
Valdemar Freitas
Mais fotos em: https://www.facebook.com/media/set/?set=oa.358367830860337&type=1
1 de Dezembro de 2011
Em dia de comemorações da Restauração da Independência, por sinal um dos dois feriados civis que o governo do estado, pretende eliminar, por razões puramente económicas, nós pelo contrário, não nos poupamos a esforços e levantamo-nos, bem cedindo para mais um valente dispêndio de energias.
As pedaladas de hoje, tinham como objectivo fazermos mais um trilho em terra nas serranias de Valongo, mais propriamente nas encostas das serras de Santa Justa e de Pias, percorrendo alguns caminhos já conhecidos pelo nosso elemento, o José Sousa e outros estradões, também já conhecidos pelas caminhadas nocturnas de outros elementos, como eu, o José Carlos, o Oliveira e o Mascarenhas.
Em primeiro lugar, reuniu-se a malta no Alto da Maia (4) e na Areosa (3) e partimos sete pedalistas, descendo em asfalto pela Circunvalação até Rebordões, com passagem pelo antigo mercado/feira de Rio Tinto e, depois sempre a subir desde a rotunda da Igreja, passando pela Venda Nova, Vale Ferreiros, até chegarmos ao alto de Valongo, à rotunda com uma escultura de 5 pétalas de lousa e um globo, que simbolizam as 5 freguesias do concelho de Valongo, a saber, Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo.
Foi uma valente subida que teve o condal de nos separar em dois grupos, não espaçados por muito tempo
Paragem para acalmar um pouco, para o Jorge fazer mais umas afinações nas bikes, do Mário e na minha e ainda para uma ou duas fotos de grupo e já nos sentíamos preparados para a terra, para a adrenalina alta, para a aventura.
Logo na descida para Valongo, antes da antiga discoteca Romano’s, cortamos à direita numa estrada larga em terra, seguindo o Sousa que já conhecia o trilho, tendo como primeiro destino a Capela de Nossa Senhora de Chãos, edificada num pequeno planalto da serra de Valongo, datada de 1625.
Sítio muito interessante, em que nunca tinha estado e donde partimos, desta vez com destino ao antigo sanatório, local actualmente muito utilizado para quem pratica paintball, entre muitas outras coisas, não dignas de interesse para esta crónica.
Pelo caminhos de terra que fizemos até aqui, uns estreitos, outros mais largos, mas sem grandes dificuldades, passamos ainda pelas ruínas de um antigo moinho de vento, de pedra à vista, e que, com muita pena minha, não ter nunca sido restaurado nas suas antigas funções.
Do velhinho sanatório (que dizem estar assombrado pelas alminhas dos que lá morreram com a tuberculose) em diante, a coisa prometia ser mais difícil e libertar mais adrenalina à malta do Dar ao Ped@L, assim o esperavam os mais audazes.
Do prometido ao devido, tudo foi mesmo realidade e logo após uma pequena descida, numa estrada que já foi de paralelos, entramos à esquerda novamente na terra, subindo a encosta, para logo depois iniciarmos um lindíssimo trilho, muito estreito e entre vegetação rasteira, bem sulcado pela constante passagem de bttistas e ligeiramente inclinado.
Terminado este trilho estreito, descemos até à estrada que liga Valongo a S. Pedro da Cova, também por um trilho muito bonito, mais largo e também mais fechado pela vegetação e a lembrar alguns dos caminhos de Santiago.
Atravessada a estrada de asfalto, e logo na subida que dá para a igreja de Santa Justa, junto de uma casa e de um cruzeiro, viramos à direita e demos início ao melhor trilho de terra, com descidas pouco acentuadas, com muita pedra, regos, lenha, água e lama, que se tornou cada vez mais rápido e a libertar adrenalina aos aventureiros, mas também a requerer mais perícia e segurança, para que não houvesse quedas.
É um trilho largo, longo, sempre com inclinação pendente, que proporciona saltos, com muitos obstáculos naturais, provocados pela erosão e pela água das chuvas, mas também artificiais, desta feita deixados pelos rodados dos jipes e das motos, com as quais também nos cruzamos.
Feito este trilho, fomos desembocar numa clareira, no cimo de uma encosta e perto de uma grande descida, que nenhum de nós ousou descer e que tinha umas bonitas vistas, para S. Pedro da Cova e para as encostas de Pias e Santa Justa.
Optamos por descer por outra estrada em terra, com uma descida mais suave e que liga a uma outra em asfalto, com bastante inclinação, que por sua vez vai cruzar com a estrada que liga o concelho de Gondomar com o de Valongo e que dá acesso à aldeia de Couce, neste último concelho.
Até à entrada que delimita a fronteira, local assinalado com uma placa do Parque Paleozóico de Valongo, a estrada é asfalto, passando a terra à entrada de Couce.
Como ainda era cedo, resolvemos atravessar a ponte sobre o rio Ferreira e fazer mais uns trilhos no lado de Pias, à aventura, virando à direita e subindo a estrada até um cruzamento onde viramos para as mais complicadas passagens desta manhã, uma subida com a bike pela mão e uma descida muito íngreme, com muito barro húmido e impossível de descer e que logo no inicio ainda provocou umas pequenas quedas a quem quis ousar descer montado.
À parte estes imprevistos, nada mais a assinalar até aqui e de seguida voltamos a cruzar a ponte e tomamos o rumo da aldeia de Couce, muito bonita e inserida no meio da natureza.
Daqui, optamos por seguir o trilho das caminhadas e não a estrada em paralelos e logo no início dá-se a queda espectacular do Mascarenhas, ao tentar ser acrobata em vez de pedalista, e arriscar passar por um caminho em forma de muro em terra e com declives em ambos os lados. Foi queda na certa e só não deu lugar a problemas de maior pois ele foi rápido a saltar e a libertar-se da bike.
Valeu o susto para emenda e toca a seguir este trilho, sempre com o rio Ferreira como companhia até à estrada que nos iria levar de volta ao centro de Valongo, aos cafézinhos e às tormentas finais, as consequentes avarias das correntes da bike do Mascarenhas a que o Jorge só venceu, à terceira tentativa.
Foi mais um excelente Dar ao Ped@L com muito pedalar e estórias para contar.
Mais fotos em: https://www.facebook.com/groups/dar.ao.pedal/#!/media/set/?set=oa.295809113782876&type=1
30 de Outubro de 2011