16 de Outubro de 2011
A actividade do Dar ao Ped@l começa logo pela manhã e conforme as horas combinadas lá vão aparecendo os pedalistas para mais uma bicicletada. Como manda as regras Inglesas a sua pontualidade é sagrada.
Desta vez optou-se por um passeio cerca de 60 Km á beira rio,contra o vento aonde podemos sentir a brisa da manhã e as aves sobrevoar ( aproveitando as correntes do vento) os céus do Rio Douro, ex: corvos marinhos, garças, patos e as malditas gaivotas!!!!.
Chegados ao local estipulado ( barragem de Crestuma) a paragem obrigatória para o Café da manhã, fazer um mudança dos pedais da bike do Oliveira. aliás mais uma modificação de muitas já feitas pelo grupo.
De regresso e pedalando pela cidade é, já de si, uma experiência agradável, numa manhã quente de Outono, o regresso a casa é ainda mais saboroso. subi a Restauração, a meio gás, para desaguar na feira dos pássaros. Na marginal deixei o frenesim do asfalto e assentei as rodas no passeio, ribeirinho, serpenteando por canas de pesca, bicicletas e o povo que circulava num ritmo diferente, descontraído. Turistas de mapas e câmaras fotográficas em punho, num acrescento de novidade, navegando para a outra banda, apreciando o monumento.

O passeio traz vários benefícios, abranda-se o ritmo acelerado, ganha-se tempo para apreciar a paisagem, respirar a maresia, assentar ideias, apanhar sol, o gracejar batoteiro de jogadores de sueca. Num simples e demorado percurso a pedais, a nossa vida pode melhorar consideravelmente, pois enquanto o fazemos abstraímos-nos do dia-a-dia e as preocupações passam para segundo plano, ou tendem a não parecer tão relevantes. E se assim não for, há que fazer um esforço para que os obstáculos não perturbem este momento íntimo, este Darao Ped@l que é uma pedalada a sós. Um regresso tranquilo a casa, onde se pode apreciar o passeio, vendo e assimilando a cidade, o mundo que nos circunda, vivendo cada forma, cor, brisa, aroma.
Hoje tinha-mos um elemento (Óscar) que não se encontrava nas suas melhores condições físicas!!! optou-se por um andamento de média 26/27 Km/hora coisa razoável para o nosso andamento. Neste final de época e princípio de outra, as nossas rotações já se encontram num nível elevadíssimo pois se tivéssemos um bike de estrada ninguém nos segurava… mas tinha um grande inconveniente, lá se ia as conversas em andamento, as fotografias e a apreciação das paisagens.
O uso da bicicleta, além de ser uma actividade que nos dá prazer e muito saudável, nos proporciona uma reflexão importante sobre a nossa relação com o espaço urbano e o meio ambiente.O objectivo é incentivar um novo olhar sobre a cidade e a mobilidade urbana e a prática de actividades físicas, reunindo pessoas de todas as idades.
Em certa medida, as bicicletas de montanha representaram uma libertação dos constrangimentos inerentes aos modelos de estrada, de ciclocross, às pasteleiras e às BMX, que existiam até então, introduzindo algo novo no campo de possibilidades – uma bicicleta mais robusta, leve e apta para todo-o-terreno.
Passados vários anos, vivemos hoje sob um paradigma quase contrário; as bicicletas de montanha dominam na maioria das lojas dedicadas, ofuscando e limitando a oferta de outros modelos a um ou dois exemplares de cada. Mas a situação já foi mais grave e parece começar a inverter-se à medida que cresce a procura por modelos mais citadinos.
António Oliveira
Emanuel Mascarenhas
Jorge Bastos
Óscar Ramalho