Dar ao Ped@L por patamares
O desafio semanal lançado no inicio do ano, aos membros do Dar ao Ped@L (D&P) para fazerem uma crónica, por patamares, levou-me a escolher como titulo para esta crónica, os tais patamares de uma longa escada, que é o D&P, um breve resumo, da longa história que já leva este Grupo.
Os primeiros registos fotográficos, dos 3 fundadores (Oliveira, Mascarenhas e Valdemar) datam de 16.05.2010, num passeio que os 3 fizeram por Matosinhos – põe-te a mexer em bicicleta.

Estes carolas das Águas do Porto, que tinham em comum o gosto de pedalar e tirar umas fotos, decidiram criar um Grupo e juntar mais amigos e fundar o Dar ao Ped@L.

Foi numa sexta-feira, em Junho de 2011, a última do mês, num passeio de bicicleta pela cidade do Porto, no dia de S. João, na altura organizado pela Massa Critica (movimento que apela à utilização da bicicleta em detrimento do automóvel e que se realiza ás sextas-feiras

no final de cada mês), que o António Oliveira, o eterno Presidente do D@P, me convidou para me juntar ao Grupo, tendo-me falado de um possível passeio em btt até Santiago de Compostela.


Foi o mote para logo no fim de semana seguinte, me juntar a este grupo de amigos, no Ponto de Encontro, na Areosa.
Depois de ter participado na WBT, a última que se realizou no Porto, em 30.07.2011, comprei a minha primeira bicicleta de btt, uma Scott Aspect, já preparada para fazer o caminho de Santiago, com alforges.
Deixei de andar sozinho pela cidade, por ciclovias e à beira-mar e ganhei um Grupo de amigos fantásticos, passando a conhecer novos trilhos, abandonando a estrada e passando a rolar no monte, com umas quedas pelo meio, próprias de um aprendiz, sem técnica, com novas aventuras, mas mais divertido, com as passagens por single tracks, descidas assustadoras com pedra, onde ficava com medo, com receio de cair, enfim , novas experiências, compensadas pela companhia, convívio e ajuda de amigos, quando era necessária.

Vieram os upgrades da bike, com mudança da suspensão a óleo para suspensão a ar, clits, ..enfim tínhamos que evoluir.
O Grupo vai crescendo, com o lançamento da primeira jersey, um site para divulgação das actividades do Grupo, logo a seguir um novo logótipo do Grupo Dar ao Ped@L, que ainda hoje nos acompanha, a bandeira do Dar ao Ped@L.

Dos passeios domingueiros, em que durante a semana se planeava o percurso que iríamos fazer no domingo ou feriado seguinte, com pausa para café durante o passeio, as paragens para apreciar a paisagem e tirar fotos, a idealização de um novo equipamento para o Grupo, foram ideias que se tornaram realidade, não parando o Grupo de crescer.

Lembro-me de no início, haver umas ditas lebres, que desapareciam e deixavam os mais fracos para trás (nos quais eu me incluía) e alguém me ter dito, que não voltava a pedalar connosco, se não esperassem pelo último, senão não fazia sentido andar em Grupo.
Foi nessa altura, que adoptamos o lema “vamos todos e vimos todos” e com o D&P ninguém fica para trás.


Pelo Grupo já passaram muitos elementos, os mais novos, mais cedo ou mais tarde acabam por nos deixar, não tendo paciência para nos acompanhar (dizem que somos muito lentos, fazemos muitas paragens, perdemos muito tempo nos tascos) e partem para novas aventuras (namoradas, filhos ou escolhem outros Grupos mais velozes), mas outros acabam por ficar e vestir a camisola/jersey do D&P, mas são os mais velhos, os dinossauros, os veteranos, que vão mantendo o Grupo unido.


Somos também um Grupo aberto, sempre disponível a acolher novos membros que queiram pedalar connosco.

Não obstante o Grupo ser composto maioritariamente por homens, temos também as nossas meninas que nos acompanham ou acompanharam.
Destaco a Susana Palma, a nossa representante em Coimbra e a Ana Maria, que já nos fez companhia no caminho primitivo de Santiago.

Susana Palma

Ana Maria
O despertar para novas experiências e novas aventuras, desde organizar o 1.º passeio em btt até Santiago de Compostela, a participação em

Eventos de Btt, o 1º Passeio a Fátima, a ideia de se criar um centro de btt em Valongo, termos uma Sede própria, tendo chegados a aliar-nos ao Alto Relevo Clube de Montanhismo, com uma secção de btt, a Organização da -Benção dos Capacetes, um dos eventos mais bonitos


do D&P , que teve uma larga adesão de betetistas e que encheu a Igreja de Santa Rita em Ermesinde, o 1.º Evento de Btt aberto a vários participantes, em parceria com a Liga dos Amigos do Museu Mineiro, a Rota da Zorra, a participação num programa da X Rádio, são factos de destaque do D&P.

A família D&P foi crescendo, com a entrada de novos membros e com novas ideias.

Ainda me lembro da iniciativa do Augusto Tomé ter desafiado o Grupo para a estreia no Circuito NGPS, um evento em autonomia total e acabar por ter apenas o Jorge Oliveira a acompanhá-lo.
Após esta experiência mais membros aderiram ao conceito e passaram também a participar na Caravana NGPS e em 2016 a aderirem também ao GPS Epic Series.

Hoje sou um adepto destes dois conceitos, que em conjunto com o amigo Valdemar Freitas, nos fazemos representar, sempre que for possível, acompanhados também por outros membros do D&P, não tão assíduos.
Outra das façanhas que me vem à memória, foi o apoio que os Formigas de Ermesinde nos deram ao se juntaram ao Grupo D&P, no 1.º Passeio que fizemos a Fátima, ao nos surpreenderem com um bolo artístico e um reforço espectacular.

Não posso também de deixar de assinalar a surpresa que alguns amigos do D&P (Domingos Queiroz, Jorge Oliveira, António Magalhães) nos fizeram no Caminho Francês de Santiago, quando foram ter connosco ao O Cebreiro, com uma merenda soberba.
A chegada dos dois primos rezingões, Rui Teixeira e Pedro Ferreira, que vieram dar outro alento ao Grupo, com a organização gastronómica dos reforços domingueiros, com a selecção dos melhores tascos/cafés, que encontram no percurso.
Hoje não há volta domingueira no D&P que não tenha reforço.
Mais tarde os Madafocas, agora convertidos ao D@P, na vertente radical e realizadores dos famosos vídeos de Btt do D&P – Produção Madafocas.

Uma palavra de apreço para o nosso mecânico e o homem dos 10 mandamentos do D&P, Jorge Bastos, com quem tenho aprendido muito.
Os duros Carlos Cunha e o José Pires (o nosso Mama Sume), que apesar das adversidades que enfrentaram recentemente, continuam ao nosso lado, a pedalar.
Muito mais haveria para dizer sobre o Grupo D&P e os seus membros, mas a crónica já vai longa. Se os enumerasse a todos, teria aqui certamente matéria para um livro. Desculpem aqueles que não ainda não mencionei, mas todos são importantes no D&P, cada um com o seu cariz próprio e vão aparecendo, que são sempre bem-vindos.
Paralelamente aos passeios domingueiros, que o Grupo continua participar em eventos organizados por outros grupos, tendo elegido o Circuito NGPS e o GPS Epic Series para a Agenda do Grupo.
Os vendilhões, os rezingões, os down-hillers , os das fininhas, os lambedores de alcatrão, os gajos da roda grossa, todos convivem no Grupo D&P e durante o ano passam momentos inesquecíveis, organizam vários Passeios para o Grupo, onde reina um salutar convívio, para além do nosso Jantar de Natal.

#crónica
#degrau12
#mariodantas