Queda
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08 de Janeiro de 2012
Com menos um dos elementos do costume, o Oliveira, a recuperar das mazelas de uma maldita queda, nas vésperas do novo ano, em terras de Santo Tirso, fomos cinco elementos do grupo Dar ao Ped@L, a saber, o Mascarenhas, o Jorge, o Mário, o Sousa e a minha pessoa, participar no dito “Passeio dos Reis”, organizado como tal, pelo BTT Alfenense que, como o próprio nome indica, é de Alfena no concelho de Valongo.
Com as inscrições marcadas para a sua sede, a serem realizadas entre as 8:15 e as 9:00, tivemos que nos por a pé, melhor dizendo, saltar da cama, muito cedo, ainda nem sequer o dia tinha nascido, para nos reunirmos nos locais pré-definidos e irmos juntos até Alfena.
Não esperava nada mesmo, que logo nas primeiras pedaladas, começasse mal o dia para mim, não por culpa de poucas horas de sono ou distracção mas por culpa da incúria e das más obras que se fazem por este país afora e que deixam pequenas armadilhas, para nós os pedalistas e não só. Passo a explicar.
Uma pequena diferença de desnível, aí uns 5 cm entre o asfalto da estrada e o colocado numa trincheira recentemente asfaltada, foi o suficiente para me desequilibrar ao encostar a roda da frente e me provocar uma queda, que felizmente nada de grave (espero eu), para além de umas dorzitas nas costelas e uma amolgadela no punho do travão traseiro, saltando mesmo fora o embolo, anomalia que uma vez mais o amigo Jorge resolveu, verificando ainda se o travão ficara em condições para eu puder continuar.
Fomos as cinco primeiras inscrições, cabendo-nos os dorsais para as bikes de 001 a 005, o que demonstra, como disse o Mário, que o Dar ao Ped@L está sempre na linha da frente.
Colocados os dorsais nas bikes e enquanto aguardavamos as restantes inscrições e a hora da partida, fomos ao nosso “doping” do costume, aos cafézinhos, desta vez antes das pedaladas pois no “passeio”, sobretudo no monte, não haveria lugar nem paragem para os ditos cujos.
Buzina, largada, partida, lá fomos nós, não sei em que número mas imaginava muitos mais, escoltados por um jipe da GNR, apenas no início e enquanto não entramos nos trilhos rurais de Alfena, circundando um pequeno riacho entre campos de cultivo e mesmo um campo da bola, com relva sem ser relvado.
Daí passamos ainda por mais algumas ruas até entrarmos definitivamente no monte, assim propriamente dito, com a mais íngreme subida que iríamos ter de fazer em todo o percurso, falando de terra, pedras e alguma lama.
É uma subida valente sim senhor, mas com melhor tempo e menos confusão, não é nada que não possamos voltar a fazer e testar se temos pernas para a levar na totalidade, sem da bike sairmos. A ver vamos num outro dia.
Daí em diante, foram muitos os trilhos, caminhos, estradas, que só consultando o percurso gravado pelo Sports Tracker sei onde estivemos e pelos locais onde passamos.
Fora uma descida, não muito acentuada, para os elementos do Dar ao Ped@L (excepto eu, é claro) mas com muitos regos profundos, provocados pelas chuvas e por muitas descidas de bikes e que terminava numa curva muito apertada para a direita, com a possibilidade de se sair em frente para uma ribanceira, tornando a mais perigosa de todas as descidas que tivemos que fazer, todo o restante percurso que fiz não foi mais difícil que o que fizemos na Santa Justa ou nos trilhos de Alfena, na ida ao célebre Meco.
Tinha também, muita lama, muita água, muita pedra escorregadia, cascalho de obras, ramos e silvas das quais nos tínhamos que desviar constantemente, sendo do entanto um trilho que passa por locais muito interessantes e que poderemos voltar a fazer com mais calma e prazer, desfrutando o trilho de outra forma.
Na minha opinião, apenas se deve voltar a fazer quando no trilho já não houver nem lama nem poças de água, ou seja, mais lá para diante, quem sabe para a Primavera.
Quase no final do “passeio”, junto da fábrica Panike, a organização propôs duas alternativas para terminar o percurso, uma seguindo por estrada até Alfena e outra continuando no monte, fazendo mais 15 km até ao local,onde nos deveríamos concentrar para deliciarmos uma fatia de bolo Rei.
Eu, o Mário e o Jorge, por vias das circunstâncias (dores, cansaço, furo), optamos pela primeira e o Mascarenhas e o Sousa, ainda com força nas canetas, optaram pela segunda.
Em todo o percurso, o grupo Dar ao Ped@L teve ainda como companhia, o amigo Frederico Lima, colega de trabalho do Mário e que em breve nos acompanhará nas nossas outras pedaladas domingueiras.
O percurso terminou no café Sagitarius onde estavam as fatias de bolo rei e um copito de Porto que a organização colocou ao dispor de todos os participantes.
Uma palavra de apreço ao BTT Alfenense, aos seus elementos e colaboradores, tanto pela organização como pelo belo convívio que nos proporcionou neste “Passeio dos Reis”.
Até à próxima.
Valdemar Freitas
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20 de Setembro de 2011
A manhã promete não ser molhada apesar do sol estar muito bem escondido por detrás de muitas nuvens cinzentas.
Aos poucos fomos-nos juntando na rotunda, dita do Maia Shopping, até perfazermos uma verdadeira equipa de “futebol”, de onze pedalistas, com três estreias absolutas, cheios de vontade de partir e seguir o percurso, previamente definido, tendo como destino o aeródromo da Maia, local onde deveríamos parar para o cafézinho da ordem.
Tínhamos à partida duas alternativas de percurso e mais uma que o Mascarenhas sugeriu, a primeira era ir por S. Pedro de Fins, subir para S. Miguel-o-Anjo e depois descer até ao cruzamento que dá para Vilar da Luz, a segunda, era ir por Santa Cristina, Camposa, S. Miguel-o-Anjo e depois na mesma até ao já referido cruzamento, a terceira, seria ir pela estrada que vai para Santo Tirso e, depois de Alfena, tomar a estrada que vai para S. Romão e que também liga ao dito cruzamento de Vilar da Luz.
De subidas, até ao já célebre cruzamento, só nos livraríamos se optássemos pela terceira sugestão, mas nisto de escolher percursos, a malta é unida e deixa que um outro tome a iniciativa, não sendo por vezes a maioria que ganha.
Decidiu-se optar pela primeira alternativa, a que já estava marcada no Facebook, e seguir desde a Travagem a estrada para Vilar, virar para S. Pedro de Fins e seguir a estrada em paralelos, não subindo para S. Miguel-o-Anjo, como inicialmente estava combinado, mas subindo por uma estrada em paralelos até Camposa e descendo, já em asfalto, até ao dito cruzamento que liga para Vilar da Luz.
A subida em paralelos, já tinha sido bem difícil, pelo menos para alguns, e agora vinha uma estrada em asfalto, sempre a subir e que nos haveria de levar até ao túnel, situado por debaixo da pista do aeródromo da Maia, por onde passamos até virarmos para o seu portão de entrada e à estrada interior que dá acesso às instalações aeronáuticas e ao café, local de encontro de motoqueiros, motos-quatro, ciclistas e de outros fãs, como os do aeromodelismo, paraquedismo, etc.
Até aqui, duas pequenas referências que fugiram à normalidade, nesta manhã, a indisposição do Jorge Bastos, antes do túnel, provocada por uma noite pouco dormida (palavras dele) e um pequeno atraso, duma parte do grupo, que já dentro do aeródromo, seguiu pela pista de ciclismo, tendo mesmo já descido um bom pedaço e depois que voltar até juntos dos outros, que já por eles esperavam para os cafés e outras tomadas de energia, bem como para mais umas fotos.
Depois de retemperadas energias, seguir-se-iam os trilhos em terra, com muita água, lama, pedras e paus escorregadios, que iríamos tomar, logo à entrada do aeródromo, para os quais já nos tínhamos mentalizado mas que dariam inicio à verdadeira aventura, pois nenhum de nós os conhecia.
De início, o caminho de terra era plano e com algumas poças de água que terminariam numa grande “piscina” onde ninguém teve vontade de cair.
Se aqui ninguém caiu, não foi preciso ir muito mais além, pois numa das primeiras descidas e subidas que os trilhos de terra, sempre têm, o José Carlos, foi ao solo, por a bike ter resvalado num rego mais alto, não tendo para além das sempre impossíveis de evitar, arranhadelas, nada de mais grave a referir.
Logo mais à frente, surgiria uma descida com alguma inclinação de início, tornando-se depois muito íngreme e perigosa até junto de um campo de golfe pertencente a um empreendimento imobiliário, que tem ainda muitas obras em curso.
Com proibição de passagem, pela propriedade privada do empreendimento, imposta por um segurança que se deslocava num daqueles carrinhos dos campos de golfe, tivemos que optar por circundar a vedação e partir à descoberta, por trilhos que, sempre vão dar a qualquer lado, não levam a lado nenhum, que são atalhos, que nos metem em muitos trabalhos, mas que de modo algum, nos fariam voltar atrás, pois para frente é que é caminho.
E assim fomos, trilhando o desconhecido por caminhos com muita lama, água, pedras, paus e vegetação, mais largos ou estreitos, com muito mato e até com desbaste de eucaliptos, para a direita e para a esquerda, com o som das motos ao longe e sem vista delas, com a ideia de chegarmos à estrada nacional, até que chegamos à conclusão que estávamos perdidos, enclausurados por uma vedação, mas muito perto de uma estrada, que depois viriamos a saber, ser a que dá acesso à portaria do empreendimento.
Para não termos que voltar para trás, seguir toda a vedação, fomos a corta mato, com as bikes às costas, por entre a vegetação, até um ribeiro e junto a uma pequena cascata, que tivemos que atravessar, e subir uma íngreme ladeira até à referida estrada.
Uma vez mais, se deu valor ao espírito de entre-ajuda do grupo Dar ao Ped@L, e à união de esforços para ultrapassar estes obstáculos e em particular o último, a ladeira em terra muito solta e escorregadia, que o digam o Oliveira e o Mascarenhas, que numa tentativa de ajuda mútua, se enroscaram, com as bikes e com a terra a servir de tapete.
De novo juntos e no asfalto, aproveitamos para pedir ao segurança da portaria, o mesmo que nos impediu a passagem, para nos tirar a foto de grupo e abalamos a toda a força, até o Mascarenhas ter que voltar atrás, pois tinha perdido o seu ciclómetro, talvez na ladeira.
Como não apareceu, fizemos-nos de novo à estrada, até à Nacional 105 e depois foi pedalar com pressinha até Ermesinde, local onde nos separamos e de onde os vários grupos regressaram a casa para, espero eu, lavar a roupinha, as bikes, o corpinho, para o almoçinho e, depois o merecido descanso.
Não foram muitos quilómetros, mas foram os últimos que pedalamos, ou seja, os melhores.
Valdemar Freitas
(António Oliveira, Carlos Gomes, Élio Vieira, Emanuel Mascarenhas, Jorge Bastos, José Carlos, José Sousa, Ricardo Freitas, Rogério Freitas e Vítor Pereira)
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