Dar ao Pedal – Grande Porto
O prazer de partilhar…
Em 08 de Dezembro de 2019, tive um dos melhores dias de BTT de sempre!
Os companheiros do Dar ao Ped@L deram-me o enorme privilégio de os guiar nos superlativos trilhos Maiatos.
Infelizmente, o passeio começou com a infelicidade do Manu ter perdido a sua fantástica câmara fotográfica.
Tentámos motivá-lo… o Rui ainda avançou com a ideia de que era uma prenda de Natal antecipada,… o Pai Natal iria oferecer-lhe uma nova…
O Pedro Rezongão ia reclamando com o andamento lento da Malta e que esperava que o reforço fosse porreiro.
O Filipe elevou o meu ego durante uma subida dizendo-me que estava em excelente forma e que ainda era cedo para mudar para uma eléctrica (poupou-me 4500€ e talvez opte por um investimento 10 vezes inferior para ter na verdinha uma suspensão de 150mm).
O Mingos teve a despesa das fotos e, como sempre, transmitiu aquela simpatia inconfundível.
Ouvi o Valdemar com os seus “uis” atrás de mim a descer aqueles fabulosos degraus (sinal de clara satisfação).
O Jorge não desiludiu a assumir as despesas de todos os saltos que se colocavam no caminho!
Acima de tudo, estes 7 fantásticos amigos deram-me a honra de vir a minha casa fazer um simbólico reforço e inaugurar a Cave Madafoca.
Adoro receber! Nos trilhos e em minha casa!
De preferência gente boa, e desta feita, tive os melhores do Mundo!
Faltaram alguns, mas mais oportunidades surgirão!
Obrigado Dar ao Ped@L.
#crónica
#degrau26
#nelsonleitao
A minha crónica e outras histórias
Bruuuuuuuum!
Logo a seguir outro trovão
Bruuuuuuuum!
– Tens mesmo a certeza que queres ir?
– Tenho…
– Estás a ver a tempestade que está lá fora?
Como de propósito, a resposta foi dada com o buzzer da cabeceira.
Os led’s amarelados desenham 5:50 A.M.
– Não vás…vais apanhar uma molhadela…
– Agora vou…Tenho tudo pronto.
Pernas fora da cama e Upa! Há que erguer. A causa vale.
Pelo meio das colheradas de Kelloggs, “Pim”, “Pim”, Pim” guincha o Messenger
Rio-me com a tirada do capitão Tomé: “Não somos ratos…”
Subliminarmente ordena às tropas que se perfilarem.
Em frente às vidraças, vejo o terraço mais uma vez a ser iluminado num flash pelo clarão de mais um relâmpago.
A cadelita pudenga, atónita, alterna o olhar para mim e para a chuva a cair na relva e inclina a cabeça num misto de reprovação e diagnóstico rápido de insanidade ao madrugador.
Último golo no sumo, beijo na minha senhora que entretanto já adormeceu e ala que se faz tarde para a garagem.
Já na AE, o Sol finalmente rasga o manto cinza das nuvens e acerta-me em cheio na cara.
Sorrio, respiro fundo e sou mais uma vez avassalado de felicidade por saber que daqui a pouco estou no monte com os meus amigos.
Crónica!
Fui desafiado para fazer uma crónica sobre o Dar Ao Ped@L
Com pouco mais do que um ano de convivência com esta boa malta, que tenho para escrever?
Bem,seja!
Há falta de mais, compenso com a minha pequena história
Desde pirralho, as rodas sempre me acompanharam.
Depois a duas na verdinha Órbita com campainha e dínamo da roda da frente para as luzes.
e depois outra chopper Órbita Crosse cor laranja de roda 16 na frente e 20 atrás, equipada com cubo de mudanças de 3 velocidades, accionadas pelo selector no quadro. Ganda pinta!
Um belo dia num salto no monte numa rampa improvisada com uma tábua assente nas raízes de uma árvore, a aterragem foi mais violenta.
Com uma sorte bestial saí a correr pelo monte abaixo, deixando para trás a desgraçada com o quadro partido em 3.
Directo do monte para o ferreiro, duas casas abaixo da minha, com meia dúzia de soldaduras ficou com uma pintura fantástica, laranja com retoques de preto nas soldaduras.
Assim tipo O’Neal, mas mais foleiro…
Mas a bicha estava já com o karma traçado.
Meses depois, uma marcha-atrás de uma carrinha, encarregou-se de a desfazer mais um pouco.
Com a indemnização do seguro do distraído, comprei a minha 1ª bicla “de corrida”
(trad. “de estrada”)
Passei a fazer percursos cada vez maiores, cada vez mais longe e durante anos era na estrada que andava.
Entretanto com a entrada na faculdade e como estava longe de casa, só ocasionalmente pegava na Esmaltina e o desporto passou a ser outro: a natação,
O retomar da bicla só surgiu anos depois, mas como costumava dizer aos amigos do grupo, comecei a ficar farto de levar espelhadas no cotovelo esquerdo e passei a escolher estradas com muito pouco movimento e até caminhos florestais.
Como será bom de ver, foi uma questão de pouco tempo até comprar a minha primeira semi-rígida “ de monte”
Fui mudando de montada, sempre em upgrade, mas definitivamente o monte, digamos, passou a ser a minha praia.
A chegada ao Dar Ao Ped@l aconteceu casualmente num dia em que conheci os nossos Valdemar Freitas e Mário Dantas num Epic em Penafiel.
Simpaticamente convidaram-me para “aparecer” e eu lá apareci num Domingo na famosa Peixaria onde conheci o Domingos, o Jorge Bastos, Rui Teixeira e o António Oliveira.
Seguiram-se os Nocturnos à Quarta e os Domingueiros sempre diferentes onde pouco a pouco fui conhecendo cada vez mais amigos desta família: Augusto Tomé, António Oliveira, José Pires, Armando, Carlos Cunha, Rui Teixeira e Pedro (Rezingão e Rezongão) respectivamente), Sérgio Caban, Zé Paula, Mascarenhas, Hugo Rocha, Martinho, Nuno Almeida, Henrique, Hugo Alves, César, Nelson, Eduardo Batista, Luís Doro e mais uns que me desculpem não referir por esquecimento.
Assisti à oficialização do “Lauto Reforço”, até então mitigado num parco “cafezinho…”
1ª visita ao Mineiro, em que o gelado Rei e Senhor Regador acalma as gargantas sequiosas dos bravos guerreiros-pedaleiros.
Seguiu-se a minha estreia no Passeio Dar Ao Ped@l.
Montalegre, Junho 2018
Novo passeio D@P
Sistelo, Arcos de Valdevez, Out 2018
Jantar de Natal, onde o grande Valdemar Freitas, me honrou com o símbolo
do DarAo Ped@l, abrindo-me a porta para este grupo.
A crónica já vai longa, mais focada no meu próprio percurso até chegar ao DarAoPed@l, mas convenhamos que tenho pouco mais de um ano de convivência com vocês e por isso pouco tema de conversa.
Inevitavelmente, nestas últimas palavras caíria no “dejá vu” literário, com as palavras mais que batidas sobre amizade, companheirismo, lealdade e outras.
Poupo-vos e não me vou alongar.
Só vos quero dizer que por vossa causa, neste curto espaço de tempo, reencontrei sentimentos de criança que julgava irrepetíveis.
Sim, é verdade.
Por isso, agradeço-vos:
– Levantar-me com as galinhas (esposa “dixit”)
– Ansiedade pela chegada das manhãs de Domingo e noites de Quarta
– Aprendizagem de mecanismos de aquecimento nas manhãs geladas (com dieta forçada de arroz)
– Lições de navegação em águas profundas (até 10cm), normalmente barrentas.
– Aperfeiçoar da técnica do esbardalhanço (o mais vistoso em plena Rua da Constituição)
– Nódoas negras inerentes ao curso anterior
– Conhecer quelhos inimagináveis, alguns ao pé da porta.
– Chegar a cumes com o coração a mil, mas cheio…com tanta beleza a perder de vista
– Trocar os kilómetros e as médias por paragens à conversa
– Encher-me de lama até aos ossos.
– Pelas gargalhadas
– Pelos abraços sentidos
– Pelos reforços
– Servirem-me de desculpa para as faltas de apetite nos almoços de Domingo
– outras que não me lembro
Abraço, sempre Até já!
Filipe Lobo
#crónica
#degrau14
#filipelobo
Dar ao Ped@L por patamares
O desafio semanal lançado no inicio do ano, aos membros do Dar ao Ped@L (D&P) para fazerem uma crónica, por patamares, levou-me a escolher como titulo para esta crónica, os tais patamares de uma longa escada, que é o D&P, um breve resumo, da longa história que já leva este Grupo.
Os primeiros registos fotográficos, dos 3 fundadores (Oliveira, Mascarenhas e Valdemar) datam de 16.05.2010, num passeio que os 3 fizeram por Matosinhos – põe-te a mexer em bicicleta.
Estes carolas das Águas do Porto, que tinham em comum o gosto de pedalar e tirar umas fotos, decidiram criar um Grupo e juntar mais amigos e fundar o Dar ao Ped@L.
Foi numa sexta-feira, em Junho de 2011, a última do mês, num passeio de bicicleta pela cidade do Porto, no dia de S. João, na altura organizado pela Massa Critica (movimento que apela à utilização da bicicleta em detrimento do automóvel e que se realiza ás sextas-feiras
no final de cada mês), que o António Oliveira, o eterno Presidente do D@P, me convidou para me juntar ao Grupo, tendo-me falado de um possível passeio em btt até Santiago de Compostela.
Foi o mote para logo no fim de semana seguinte, me juntar a este grupo de amigos, no Ponto de Encontro, na Areosa.
Depois de ter participado na WBT, a última que se realizou no Porto, em 30.07.2011, comprei a minha primeira bicicleta de btt, uma Scott Aspect, já preparada para fazer o caminho de Santiago, com alforges.
Deixei de andar sozinho pela cidade, por ciclovias e à beira-mar e ganhei um Grupo de amigos fantásticos, passando a conhecer novos trilhos, abandonando a estrada e passando a rolar no monte, com umas quedas pelo meio, próprias de um aprendiz, sem técnica, com novas aventuras, mas mais divertido, com as passagens por single tracks, descidas assustadoras com pedra, onde ficava com medo, com receio de cair, enfim , novas experiências, compensadas pela companhia, convívio e ajuda de amigos, quando era necessária.
Vieram os upgrades da bike, com mudança da suspensão a óleo para suspensão a ar, clits, ..enfim tínhamos que evoluir.
O Grupo vai crescendo, com o lançamento da primeira jersey, um site para divulgação das actividades do Grupo, logo a seguir um novo logótipo do Grupo Dar ao Ped@L, que ainda hoje nos acompanha, a bandeira do Dar ao Ped@L.
Dos passeios domingueiros, em que durante a semana se planeava o percurso que iríamos fazer no domingo ou feriado seguinte, com pausa para café durante o passeio, as paragens para apreciar a paisagem e tirar fotos, a idealização de um novo equipamento para o Grupo, foram ideias que se tornaram realidade, não parando o Grupo de crescer.
Lembro-me de no início, haver umas ditas lebres, que desapareciam e deixavam os mais fracos para trás (nos quais eu me incluía) e alguém me ter dito, que não voltava a pedalar connosco, se não esperassem pelo último, senão não fazia sentido andar em Grupo.
Foi nessa altura, que adoptamos o lema “vamos todos e vimos todos” e com o D&P ninguém fica para trás.
Pelo Grupo já passaram muitos elementos, os mais novos, mais cedo ou mais tarde acabam por nos deixar, não tendo paciência para nos acompanhar (dizem que somos muito lentos, fazemos muitas paragens, perdemos muito tempo nos tascos) e partem para novas aventuras (namoradas, filhos ou escolhem outros Grupos mais velozes), mas outros acabam por ficar e vestir a camisola/jersey do D&P, mas são os mais velhos, os dinossauros, os veteranos, que vão mantendo o Grupo unido.
Somos também um Grupo aberto, sempre disponível a acolher novos membros que queiram pedalar connosco.
Não obstante o Grupo ser composto maioritariamente por homens, temos também as nossas meninas que nos acompanham ou acompanharam.
Destaco a Susana Palma, a nossa representante em Coimbra e a Ana Maria, que já nos fez companhia no caminho primitivo de Santiago.
O despertar para novas experiências e novas aventuras, desde organizar o 1.º passeio em btt até Santiago de Compostela, a participação em
Eventos de Btt, o 1º Passeio a Fátima, a ideia de se criar um centro de btt em Valongo, termos uma Sede própria, tendo chegados a aliar-nos ao Alto Relevo Clube de Montanhismo, com uma secção de btt, a Organização da -Benção dos Capacetes, um dos eventos mais bonitos
do D&P , que teve uma larga adesão de betetistas e que encheu a Igreja de Santa Rita em Ermesinde, o 1.º Evento de Btt aberto a vários participantes, em parceria com a Liga dos Amigos do Museu Mineiro, a Rota da Zorra, a participação num programa da X Rádio, são factos de destaque do D&P.
A família D&P foi crescendo, com a entrada de novos membros e com novas ideias.
Ainda me lembro da iniciativa do Augusto Tomé ter desafiado o Grupo para a estreia no Circuito NGPS, um evento em autonomia total e acabar por ter apenas o Jorge Oliveira a acompanhá-lo.
Após esta experiência mais membros aderiram ao conceito e passaram também a participar na Caravana NGPS e em 2016 a aderirem também ao GPS Epic Series.
Hoje sou um adepto destes dois conceitos, que em conjunto com o amigo Valdemar Freitas, nos fazemos representar, sempre que for possível, acompanhados também por outros membros do D&P, não tão assíduos.
Outra das façanhas que me vem à memória, foi o apoio que os Formigas de Ermesinde nos deram ao se juntaram ao Grupo D&P, no 1.º Passeio que fizemos a Fátima, ao nos surpreenderem com um bolo artístico e um reforço espectacular.
Não posso também de deixar de assinalar a surpresa que alguns amigos do D&P (Domingos Queiroz, Jorge Oliveira, António Magalhães) nos fizeram no Caminho Francês de Santiago, quando foram ter connosco ao O Cebreiro, com uma merenda soberba.
A chegada dos dois primos rezingões, Rui Teixeira e Pedro Ferreira, que vieram dar outro alento ao Grupo, com a organização gastronómica dos reforços domingueiros, com a selecção dos melhores tascos/cafés, que encontram no percurso.
Hoje não há volta domingueira no D&P que não tenha reforço.
Mais tarde os Madafocas, agora convertidos ao D@P, na vertente radical e realizadores dos famosos vídeos de Btt do D&P – Produção Madafocas.
Uma palavra de apreço para o nosso mecânico e o homem dos 10 mandamentos do D&P, Jorge Bastos, com quem tenho aprendido muito.
Os duros Carlos Cunha e o José Pires (o nosso Mama Sume), que apesar das adversidades que enfrentaram recentemente, continuam ao nosso lado, a pedalar.
Muito mais haveria para dizer sobre o Grupo D&P e os seus membros, mas a crónica já vai longa. Se os enumerasse a todos, teria aqui certamente matéria para um livro. Desculpem aqueles que não ainda não mencionei, mas todos são importantes no D&P, cada um com o seu cariz próprio e vão aparecendo, que são sempre bem-vindos.
Paralelamente aos passeios domingueiros, que o Grupo continua participar em eventos organizados por outros grupos, tendo elegido o Circuito NGPS e o GPS Epic Series para a Agenda do Grupo.
Os vendilhões, os rezingões, os down-hillers , os das fininhas, os lambedores de alcatrão, os gajos da roda grossa, todos convivem no Grupo D&P e durante o ano passam momentos inesquecíveis, organizam vários Passeios para o Grupo, onde reina um salutar convívio, para além do nosso Jantar de Natal.
#crónica
#degrau12
#mariodantas
Crónica de um domingueiro anunciado
Quarta-feira
6:30h
Valdemar levanta-se sobressaltado.
– Aqueles gajos são sempre os mesmos. 6:30h da manhã e ninguém se chega à frente para ser o Guia. Mas eles hão de cá vir!
8:30h
A Sala de Convívio e o grupo, no Facebook, já contam 30 visitas e ninguém diz nada.
9:00h
Começam a aparecer posts da treta na sala de convívio.
Assim como quem não quer a coisa o pessoal começa a dar a entender que era tempo de Rui Teixeira e Domingos Queiroz se chegarem à frente.
9:05h
Rui Teixeira, que acede ao telemóvel durante a utilização da “Porta Potty” fica indignado, começa a rezingar com os seus botões e deixa cair o telemóvel.
9:06h
Um pouco aturdido pelo cheiro do líquido desinfetante liga para Domingos que está concentradíssimo a ver as fotografias de automóveis enviadas por António Oliveira, deixa cair o telemóvel.
– Oh Mingos, aqueles gajos não se mexem. Temos de tomar medidas senão ainda nos sai o Nuno Almeida e é arroz atrás de arroz. Marca aí no Alto de Valongo às 8:30h, sem tolerância.
9:10h
Antes que Domingos tenha tempo de fazer a convocatória Nelson Leitão informa que vai dar uma volta no quintal, no sábado. Meia Perna, Trilho do Alemão… Há ali uns trilhos novos fabulosos. Quem quer experimentar?
Gera-se o pânico. Se o pessoal for com os Madafocas não vai ao domingueiro. De certeza!
O dia desenrola-se como todos os outros. Uma selfie de Jorge Bastos e António Oliveira a tomar café, a comer uma banana, a segurar nas bolas de natal. Cenas normais.
18:00h
Filipe Lobo acaba de arrancar um dente do sizo e lembra-se que é dia de noturno. Pega no telemóvel para ver quais os planos, mas com as mãos escorregadias do SABA deixa cair o telemóvel.
Se o segurar no ângulo certo consegue perceber, por entre os estilhaços, que apenas ele está interessado em ir à lota e toca de fazer o convite. Se é que lota quer dizer noturno…
21:30h
O noturno decorre sem sobressaltos. Os vendilhões não aparecem. Que está frio, que vai chover, que o meu pai não quer e a minha mãe não deixa. Dizem que têm de apanhar o Alpha de quinta à noite.
Sábado
Decorre o fantástico, fabuloso, extraordinário passeio dos Madafocas.
13:35h
Nelson Leitão partilha o vídeo do dia 3 minutos depois de chegar a casa.
22:00h
Nuno Almeida manda mensagem a Augusto Tomé.
– Passas cá e seguimos?
– Combinado!
Domingo
4:30h
Valdemar Freitas, que se levantou à 4:30h para não chegar atrasado, publica a crónica da semana, que todos vão lendo ao longo da manhã.
4:35h
Valdemar tem tudo pronto. Vai fazer 60km antes de ir para o Alto de Valongo.
Só para aquecer…
7:00h
Zé Alfredo, na sala de comando das Águas de Gondomar, tem, novamente, todos os alarmes da ETAR a disparar.
– Raios partam os gajos do Dar ao Ped@L e a sua “preparação matinal”…
Uma hora depois os alarmes, finalmente desligam. Tudo volta à normalidade.
8:25h
Valdemar está desde as 7:05h nas bombas.
– Raios partam aqueles gajos!
8:30h
Chega toda a gente ao mesmo tempo.
Toca a sair.
8:31h
Pedro Tiago reclama do arroz.
8:50h
Pedro Tiago reclama do arroz.
9:15h
Pedro Tiago reclama do arroz.
9:17h
Pedro Tiago reclama do arroz.
9:25h
Pedro Tiago reclama do arroz.
9:37h
Pedro Tiago reclama do arroz.
9:55h
Pedro Tiago reclama do arroz.
10:00h
José Pires recebe uma mensagem da esposa.
– O assado está no forno.
10:15h
Gera-se o pânico. Rui Teixeira que estava a ler a crónica deixa cair o telemóvel.
É preciso abreviar.
10:20h
Pedro Tiago reclama do arroz.
10:30h
Finalmente, ao fim de 3km o grupo para n’O Mineiro para o reforço.
Armando vai o caminho todo a resvalar. Tem os travões avariados.
O desgaste do grupo, ao fim de tantos quilómetros, é imenso e o regador de receita tem de ser o grande.
Selfies, rojões, pica-pau, chouriço, algazarra. Um festival.
É o Dar ao Ped@L, caneco!
António Oliveira acompanha as publicações no Facebook e no Instagram e a vontade de regressar é mais que muita.
12:10h
Está na hora de regressar.
12:11h
Pedro Tiago informa que espera que não haja arroz no regresso.
12:12h
Todos se indignam porque é preciso subir para as bombas e as dificuldades, do reforço, foram muitas.
Todos concluem que o Pedro Tiago é que sabe. Ele tem razão.
12:13h
Manel põe a placa à porta “FECHADO”. O Dar ao Ped@l comeu, e bebeu, tudo.
12:14h
Henrique descobre que tem furo.
Três gajos voluntariosos trocam a câmara de ar, mas falta António Oliveira para dar à bomba.
13:00h
Pedro Tiago indigna-se. Tanto tempo para trocar a m… duma câmara de ar!
– Vamos que ainda tenho de ir ao girassol!
13:30h
Finalmente chegados às bombas despedem-se o mais rapidamente possível, pois a janela temporal para entrarem em casa sem levarem uma vassourada começa a fechar-se rapidamente.
Para a semana há mais!
P.S.: Caríssimos. É o melhor que se pode arranjar. Se não gostarem, azar!
#crónica
#degrau06
#nunoalmeida
Amizades, bicicletas e canções
Serias tu Carlos, não fosse a pouca sorte, que subirias mais um degrau, na nossa escada de crónicas semanais do blogue, escrevendo a tua, assim o pudesses fazer, pois esta seria a tua vez, o teu #degrau03.
Não te querendo substituir, pois a seu tempo terás outra oportunidade de o fazer, vou apenas escrever sobre dois temas, que a todos dizem respeito e sobre um outro, especialmente para ti, enquanto pessoa e elemento do grupo, as canções.
Amizades
Quase todos nós, aparecemos no grupo, porque conhecemos um velho amigo que dele já fazia parte e que nos convida para umas primeiras pedaladas e, não fugindo à regra, penso que foi o teu caso.
Mas temos outros amigos, que ouviram falar de nós, que apareceram para nos conhecerem e acabaram por ficar rendidos à nossa hospitalidade e alegria em pedalar.
Somos, se assim se pode dizer, um grupo de velhos amigos a que a cada passo, se vão juntando novos amigos, que ficam amigos para sempre nas pedaladas e bons amigos para a vida, sendo o melhor exemplo disso mesmo, a união que se juntou, entre todos nós, em teu apoio e que seria a mesma, fosse quem fosse.
Há quem diga, que ao contrário da família, podemos escolher os amigos, mas nós no nosso grupo não escolhemos ninguém, quem de nós gosta é que faz a sua escolha e torna-se nosso elemento, desfrutando a partir daí, da amizade de todos.
Bicicletas
Outra coisa que nos une, como não podia deixar de ser, são as bicicletas, que carinhosamente apelidamos de nossas “meninas”, “namoradas” ou outros nomes de guerra e que apaixonadamente montamos com toda a felicidade do mundo, como se fossemos de novo crianças.
Como te disse, na mensagem que te enviei logo após o sucedido, mesmo sabendo que há coisas menos boas que nos podem acontecer, neste mundo das bicicletas, não deixamos nunca de pedalar, porque é isso que nos diverte, que nos dá prazer, ao contrário de ficar por casa, envelhecendo dia após dia, sem sermos felizes.
Andar de bicicleta é uma escolha, viver feliz também.
Canções
Haverá certamente outras coisas para te definir, mas no grupo, todos te conhecemos pelas canções que nos ofereces, através da coluna que carregas na mochila, ora bombando música Pop ou Rock, Hip Hop ou RAP, metallica ou mesmo os fadinhos do Rouxinol Faduncho, por esses trilhos e Caminhos, fazendo-nos esquecer as agruras da vida e divertindo-nos ainda mais.
Tu és e sempre serás o nosso disco jockey, o DJ Carlitos D(i)P(i) e brevemente voltaremos a escutar as tuas play-list ou simplesmente as tuas canções.
Enquanto te esperamos, enquanto tu recuperas, bem e sem pressas, dedicamos-te esta crónica e esta canção, que desejamos seja uma das tuas Canções favoritas.
Um grande abraço do Dar ao Ped@L.
#degrau03
#carloscunha
#valdemarfreitas
Red Hot Chili Peppers – Bicycle Song (By the Way Extra Track)
Prometi a mim próprio, já há alguns tempos a esta parte, não dissertar acerca das trocas de mimos, arrufos, amuos e outro tipo de situações que vão acontecendo no nosso grupo, situações essas que, diga-se, são absolutamente naturais quando se convive em sociedade. Assim, numa excelente iniciativa do meu amigo Valdemar, para dinamizar o blog do grupo que tem andado algo parado por estes dias, convidou e agendou uma forma de todas as semanas um elemento do grupo efectuar uma crónica semanal a propósito do nosso hobbie favorito, aproveitando a oportunidade, já que esta semana calhou-me a mim fazer a publicação semanal, a minha crónica será sobre estes “supostos acontecimentos”, também vos digo que será a última vez que escrevo acerca disto.
Não quero aqui ser o advogado do diabo, nem tão pouco ferir susceptibilidades, mas… sei que o vou fazer, ainda que inadvertidamente, dito isto vamos ao que interessa.
Aqui há uns anos retomei uma das brincadeiras que mais adorava enquanto criança – andar de bicicleta – comecei por comprar uma bicicleta numa loja num centro comercial, e lá fui dar umas voltinhas sozinho até à Foz do Douro, e claro, o resultado estava bom de ver, não demorou muito comprei outra bicicleta, esta já com suspensão total, travões hidráulicos, etc, uma verdadeira bicicleta de BTT, a minha Lapierre, que ainda mantenho e adoro, na altura o estado de arte, para mim claro, e assim iniciei-me no BTT, mas os passeios até à Foz, já não me enchiam as medidas e tive uma necessidade premente de me juntar a alguém que me estimulasse e/ou tivesse uma agenda por forma a conseguir aprender algo mais do que o pouco ou nada que sabia.
Ora, sabendo disto, a paixão da minha vida, a minha querida mulher, sugeriu em boa hora que me juntasse ao grupo de colegas dela que trabalhavam nos SMAS do Porto e andavam regularmente de bicicleta, achei uma boa ideia, a estreia aconteceu a 03 de Junho de 2012, nesse dia – que nunca mais esquecerei – também se estrearam no grupo o querido amigo César Pinto e o amigo Carlos Ferreira, nesse dia fomos até à marina da Lixa, em Gondomar, foi o primeiro de muitos empenos que se seguiriam e que se mantêm até aos dias de hoje.
Nesse bem dito passeio tive o privilégio de ser acompanhado pelos amigos Frederico Reis Lima, José Sousa, Rogério Freitas, Emanuel Mascarenhas, Valdemar Freitas, Mário Dantas, Jorge Oliveira, Tiago Costa e Óscar Ramalho, foram por assim dizer os meus padrinhos de baptismo no Dar ao Ped@l, são pessoas que muito estimo, ainda que por vezes a vida nos afaste, considero-os amigos, independentemente de tempo de afastamento.
Acreditem, meus caros, a evolução de ser humano é uma coisa espantosa, vocês não tem ideia do quanto cresci como ser humano, só pelo simples facto de me juntar a este grupo de amigos tão, mas tão fantástico, como nenhum outro.
Ao longo destes anos fiz tantos amigos no BTT, mas o mais importante é que fiz amigos para a vida, é tão bom irmos monte acima a sofrer e a matutar porque raio não ficamos na cama a dormir e sermos saudados por companheiros de aventura, sermos reconhecidos apenas por pertencermos ao fabuloso Dar ao Ped@l, reconhecidos pelos nossos feitos, pelos nossos extraordinários passeios habituais, reconhecidos pela nossa lentidão, pela nossa peculiaridade, sermos reconhecidos pelos nossos elementos, em suma, sermos reconhecidos por sermos pessoas de bem, todos sem excepção.
Nunca poderei esquecer a minha primeira participação no Circuito NGPS, com o meu bom amigo Jorge Oliveira, mas que aventura, não devo estar a escrever nenhuma mentira ao dizer que fomos com medo do desconhecido, mas com um desejo terrível de participar naquela que seria uma aventura inesquecível em Arouca.
E que dizer do nosso 1.º Passeio do Dar ao Ped@l, na Serra do Alvão, ó meu Deus, uma aventura sem igual, ficamos com marcas indeléveis para todo o sempre, uma história para contar aos nossos netos, valeu-nos aquela sopinha reservada pelo nosso Presidente António Oliveira na “cabana de colmo”, fez rejuvenescer alguns, eu incluído, já estava mais morto que vivo.
Foram tantos os amigos que ganhei e que passaram pelo Dar ao Ped@l, uns ficaram até aos dias de hoje, outros seguiram outros trilhos, a vida assim obriga, mas tenho a certeza absoluta que todos, mas mesmo todos, ficaram para todo o sempre a pertencer ao Dar ao Ped@l, no decurso destes anos alguns grupos de amigos juntaram-se a nós, como que apêndices, delegações ou dependências, aquilo que lhes quiserem chamar, estou a lembrar-me por exemplo dos nossos amigos da Feira, o Rui Miguel Azevedo, o Artur Jorge Barros, o Filipe Vaz, amigos que até hoje ainda mantemos, da Susana Palma que conhecemos num NGPS e que se mantém amiga de muitos de nós e do grupo, dos nossos amigos do Formiga BTT, o Nuno Nunes, o Paulo Neves, o Carlos Filipe Duarte, o Nelson Rebelo, o Clésio Neves, o Joaquim Freitas, mais recentemente juntaram-se a nós outro grupo de amigos por mão do César Pinto, o BTT Madafocas, foram o Nelson Leitão, o Tiago Gomes, o Pedro Almeida, e tantos, tantos outros, reconheço que é injusto não mencionar todos um por um.
Todos trouxeram alguma riqueza ao grupo Dar ao Ped@l e tenho certeza absoluta que também eles ficaram mais ricos.
Após a minha adesão ao Dar ao Ped@l, juntaram-se a nós inúmeros amigos de excepcional qualidade, mas devo a referir o Domingos Queirós, o Rui Teixeira e o Pedro Tiago Ferreira, que trio maravilha, que dizer da generosidade do Domingos um amigo completamente desprovido de interesses e agendas, com um coração bem maior que o seu corpo, se existirem santos, este é um deles, por oposição os primos Rui e Pedro, uns verdadeiros cavaleiros da rezinguice, inigualáveis, não mudem, a vida encarregar-se-á disso.
Do nosso Jorge Bastos, o nosso mecânico dos trilhos e autor dos 10 Mandamentos do Dar ao Ped@l, sempre pronto a ajudar e aconselhar todo e qualquer um, nos trilhos e fora deles, nem sempre bem compreendido, mas nem por isso desiste, aliás desistir é uma palavra que não consta do seu dicionário, pode dobrar mas não quebra.
Ao longo destes anos arrastei, no melhor sentido da palavra, alguns amigos para gozarem do estatuto de pertencer ao Dar ao Ped@l, o Nuno Almeida, o Henrique Cardoso, que por sua vez “arrastaram” outros amigos para se divertirem connosco nos montes, vales, caminhos e trilhos do nosso país.
É-me completamente impossível relatar todas as aventuras e peripécias, que este fantástico grupo de amigos me trouxe, os vários Caminhos de Santiago, todos os nossos Passeios do Dar ao Ped@l, os Domingueiros inesquecíveis, os reforços, os cafézinhos, a caixa de amigos, a página do grupo, os eventos que criámos desde a Benção dos Capacetes na Igreja de Santa Rita, iniciativa do nosso Presidente António Oliveira, às duas edições da Rota da Zorra em S. Pedro da Cova, iniciativa da Liga de Amigos do Museu Mineiro, com a liderança do nosso amigo Nuno Almeida, as 24 horas a favor do IPO que participámos já em duas edições, também por iniciativa do Nuno, os passeios a Fátima, criados e idealizados pelo amigo Valdemar, não é possível sequer enumerar a quantidade de iniciativas idealizadas e criadas por ele.
O Dar ao Ped@l não tem muitos anos, é um facto, nasceu da vontade de meia dúzia de amigos e colegas de trabalho, que tudo o que conseguiram alcançar foi por mera carolice, vontade de pedalar, fazer desporto aliando a forma física ao divertimento, companheirismo e fidelidade aos princípios de vida de cada um, sempre com respeito ao próximo e à vontade de cada um.
Nunca ninguém no Dar ao Ped@l foi renegado ou posto de parte, quando se identifique com os nossos princípios.
Também não consigo enumerar a quantidade de figuras públicas que já posaram para tirar uma foto com elementos do grupo, desde o actual Presidente da Republica, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, passando por inúmeros desportistas desta e de outras áreas, como o Vitor Gamito, a Rosa Mota, a Aurora Cunha, aos mais ilustres dos apresentadores Jorge Gabriel, a Sónia Figueira, enfim tantos… existem também os que nos dão o privilégio de pedalar connosco, como o Carlos Resende, o Hugo Tavares da Rocha, tudo isto para dizer, que somos importantes, somos grandes, à pois é, não somos nenhuns badamecos.
Desde os primórdios da civilização que poucos conseguem gerir com sucesso massas humanas sem criar atritos, divisões e guerras, é isso mesmo que estão a pensar, todos e cada um de nós somos fortes, donos da verdade, coerentes, correctos, justos, respeitadores e idóneos… atrás de um teclado..
O 25 de Abril foi e é um acontecimento fantástico, trouxe-nos a tão desejada liberdade, nas suas mais variadas formas, mas, a nossa liberdade termina quando interfere com a liberdade dos outros, isso mesmo, é tão simples quanto isto.
Não é pelo facto de termos a liberdade de podermos dizer, escrever ou fazer o que nos dá na real gana, que isso faz de nós pessoas idóneas, longe disso, quantas vezes interferimos com a vida dos outros, ainda que inconscientemente, mas quando é de forma deliberada, é tão pior, estamos deliberadamente a prejudicar outros, às vezes amigos nossos, porquê? Não sei, a própria razão desconhece a actuação do ser humano.
Meus queridos amigos, a nossa vida, esta passagem por este belíssimo planeta, passa tão depressa, acham mesmo que merece a pena chatearem-se por causa de uma foto, uma fase escrita, uma interpretação dúbia (que é a vossa)? Acham? Eu não, sinceramente, o meu maior prazer é pedalar na montanha com os meus amigos, e no fim de uma descida, adoro vê-los com um sorriso de orelha a orelha, imagino que dirão o mesmo de mim, quiçá.
Já vi muitos grupos nascerem, acabarem, renascerem, dividirem-se, enfim, coisas normais, mas nós não, nós continuamos por cá e assim nos iremos manter, disso não tenham a menor dúvida.
Pedalem, façam BTT, deslumbrem-se, apreciem paisagens de cortar a respiração, lugares que nunca iriam ver na vida se não fossem de bicicleta – longa vida ao Dar ao Ped@l.
Por esta altura, estarão a questionar-se: o que é que tudo isto tem a ver com a introdução do texto?
NADA,
ABSOLUTAMENTE NADA,
PRECISAMENTE,
É ISSO MESMO PÁ,
N-A-D-A.
Por último a minha homenagem a todos os amigos do Dar ao Ped@l, com um abraço (sem nenhuma ordem específica):
António Oliveira, Valdemar Freitas, José Sousa, Anastácio Sousa, Emanuel Mascarenhas, Vítor Godinho, Jorge Bastos, Óscar Ramalho, Mário Dantas, Sérgio Guimarães, Rogério Freitas, Martinho Sousa, Jorge Oliveira, Frederico Reis Lima, José Paulo, José Pires, Sérgio Caban, Carlos Ferreira, César Pinto, Ricardo Ferreira, Manuel Sousa, Domingos Queirós, Rui Teixeira, Pedro Tiago Ferreira, José Vieira, Nuno Almeida, Nuno Alves, António Magalhães, Gil Cruz, Armando Teixeira, Sérgio Ledo, João Neves, Manuel Oliveira, João Silvestre, Nuno Silvestre, Alexandre Aires, Luís Doro, Bruno Andrade, Nuno Nunes, Nelson Rebelo, Paulo Neves, Clésio Neves, Joaquim Freitas, Carlos Filipe Duarte, Paulo Domingues, Manuel Mourão, Paulo Ribeiro, Henrique Cardoso, Pedro Lemos, Eduardo Batista, João Trigo, Mário Alves, Miguel Melo, Joaquim Silva, André Lourenço, Fábio Pereira, Carlos Cunha, Delfim Cardoso, José Santos, José Pinto, Rui Almeida, Mário Sousa, Diogo Santos, Nuno Cunha, Tiago Gomes, Nelson Leitão, Pedro Almeida, Luís Almeida, José Paula, Ana Maria, Susana Palma, Filipe Lobo, Hugo Alves, Hugo Tavares da Rocha, Carlos Resende, e tantos outros que aqui faltam…
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