24 de Setembro de 2017
Rota da Zorra 2017
O dia 24 de Setembro de 2017, ficará para a história, como o dia da segunda edição da Rota da Zorra e como o dia de mais uma excelente manhã de domingo, onde muitos amigos pedalaram e caminharam, num belíssimo evento, organizado pela Liga dos Amigos do Museu Mineiro de S. Pedro da Cova, com a preciosa ajuda de muitos voluntários, onde nos incluímos nós, o grupo Dar ao Ped@L, também pelo segundo ano consecutivo, como anfitriões, no que se refere ao BTT.
Para mim, ficará também como o dia em que me levantei cedo, com muito orgulho e prazer, para ir ajudar no que pudesse, já que este ano, por outros imperativos e desígnios, pouco ou nada fiz, antes do evento, do que apenas participar em reuniões, onde lançei algumas ideias e sugestões, como a de incluir mais percurso na freguesia de S. Pedro e menos em Valongo, depois de por uma ou outra vez, ter testado os percursos que se iam desenhando, tanto para a caminhada, como para o BTT.
Não me considerando nunca, em tudo o que faço, nem melhor, nem pior do que ninguém, tento sempre fazer o melhor que sei e posso e é, do meu feitio e do conhecimento dos meus amigos, pensar sempre as coisas com a devida antecedência.
Onde me meto, gosto de opinar e sugerir, dizendo o que acho fundamental, para que as coisas corram bem, sobretudo onde se pode ser mais criticado, como por vezes acontece, no que se refere aos secretariados ou aos reforços, já que no que toca aos percursos, à partida, por muito que nos esforcemos, será sempre impossível agradar a todos.
Também não me considero um criativo por aí além, mas quando me envolvo num objectivo, penso e lanço ideias, como as propostas que lancei o ano passado, de fazer as placas do “Ora Bolas” e da moldura da Zorra N.º 53 e este ano, a moldura do mineiro, surpresa que recebi última hora, pelo meu amigo Nuno Almeida, entre outras coisas, que não se vêem, mas que estão lá, no back-office, no trabalho escondido, muitas vezes, não valorizado, de pessoas que tiram tempo, às suas famílias e aos seus tempos livres, para se dedicarem à comunidade ou a uma causa.
Não quero com isto, ter mais ou menos mérito, nem o tirar a quem de direito, no que de tudo se fez de bem nestas duas edições da Rota da Zorra, pois sei muitíssimo bem, que um sonho, um ideal, só se concretiza em realidade, quando não se está sozinho, sendo o trabalho de cada um, o trabalho de todos.
A realidade é que, nestas duas edições, o enorme esforço foi sempre da Liga dos Amigos do Museu Mineiro e dos seus colaboradores, liga onde encontrei gente de trabalho, solidária, com carinho pela população, sobretudo pelas classes mais desfavorecidas, a tal ponto de integrar a Associação de Moradores do Conjunto Habitacional da Gandra e as gentes do seu bairro, no apoio ao evento, ideia de louvar, da Dra. Micaela Santos, mesmo sabendo que todos os participantes, teriam de penar, com a subida das Congostas, mas que quanto a mim, foi o melhor a que assisti neste evento, e diria mais, nos anos que já levo, nestas andanças das pedaladas, apenas assisti no Alentejo, num evento que já se organiza, há muito mais de uma década.
Nunca assisti a tanto apoio, dos mais novos aos mais velhos, homens e mulheres, incentivando os caminheiros e os betetistas, com gritos, palmas e até placas, com palavras de ânimo, pelas ruas e cruzamentos, do percurso no interior do bairro, de cariz pobre, mas muito rico em sentimentos.
A Rota da Zorra 2017, teve coisas novas, diferentes e teve em tudo, muito mais coisas boas do que más.
O acto solidário do evento este ano foi outro, pois a Zorra, felizmente que já se encontra renovada, com o contributo de todos nós, mas mesmo assim, a malta não deixou de participar, num evento que, ouvido aqui e ali, agradou à maioria, fazendo a muitos lembrar, eventos de outros tempos, onde se convivia com alegria, em prol de uma causa, solidária e justa, sem outros interesses, de qualquer outro motivo.
Por mim e por todo o grupo Dar ao Ped@L, deixo um enorme agradecimento aos patrocinadores, aos colaboradores da Liga, aos voluntários e a todos os participantes da caminhada e do BTT, pois sem eles, nada disto seria possível e toda a nossa dedicação, não teria o sentido que teve.
Bem hajam e até para o ano, até à Rota da Zorra 2018.
Valdemar Freitas