4 de Março de 2012
Bem lançei o repto, mas não tive companhia por este ou aquele motivo e nem por isso esmoreci ou resolvi ficar por casa, espreguiçado no sofá, a ver filmes na TV ou agarrado ao computador, ainda mais umas horas.
Fui pedalar sózinho…
Mas aonde é que me levariam as minhas pernas, descansadas das pedaladas há quinze dias e a precisarem de treino para novas aventuras que se avizinham.
Não queria ir para a confusão, para locais onde toda a gente vai ao Domingo com bom tempo, seja para passear, caminhar ou mesmo pedalar.
Sózinho, também não me apetecia entrar em loucuras e fazer-me a trilhos de terra que já conheço, nos montes de Santa Justa ou Alfena, pois não é razoável que se o faça sem companhia para o que der e vier e muito menos depois de ter chovido, pouco que fosse, durante a noite.
Fiz-me à estrada, passei pela alameda frontal da igreja de Santa Rita, subi até ao alto de Valongo, atravessei a cidade e abandonei-a em direcção à aldeia de Couce, encaixada no vale do rio Ferreira, entre as serras de Santa Justa e de Pias.

aldeia de Couce
Fui em busca de calma na natureza, em locais que bem conheço das caminhadas, quase sempre nocturnas, e aonde não me canso de voltar.
Percorri parte do trilho ecológico, com o Ferreira a fazer-se ouvir ao meu lado, passei por galos, galinhas e garnizés, que à solta debicavam o que lhes aparecia à frente, estive junto do famoso buraco, onde um célebre Tino de Rans se enfiou e cheguei a Couce, ainda a hora da sesta, não tinha acabado.

O buraco do Tino de Rans
Não sei ao certo, quantas pessoas habitam permanentemente em Couce, mas não serão muitas, pois das diversas vezes que por lá passei, sózinho ou em grupo, de dia ou de noite, quase sempre, nunca se vê vivalma.

na aldeia de Couce
Mas, desta vez, cumprimentei um idoso que conversava sentado com um casal e ainda um senhor que apareceu a uma janela, quando eu acabava de tirar mais uma das fotos que ilustrarão esta crónica.
Segui rumo, desci até à ponte e atravessei-a para Pias, cruzei-me com cinco motoqueiros de cross e fui tirar uma foto à minha bike, no leito do rio Ferreira.

Junto ao rio Ferreira
Dei volta atràs e segui, primeiro por “terras” de Valongo, ladeando velhos moinhos em ruínas e depois, por asfalto de Gondomar até ao alto de Ramalho, onde começa a Rua de Couce que tem como fronteira dos concelhos, um marco em pedra que nos apresenta o Parque Paleozóico de Valongo.

marco do Parque Paleozóico
Faltava agora voltar, fazer o regresso a casa percorrendo os paralelos até à ponte sobre o rio Simão, penar logo aí na primeira subida até ao lugar da Azenha, depois subir o que tinha descido, até ao alto de Valongo e, levar a menina a banhos, antes de em casa entrar.
Foram por aí, uma vintena e pouco de quilómetros, que muito que alegraram fazer, para que o Dar ao Ped@L tivesse algo para vos contar.
Valdemar Freitas
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Vê-se pelas fotos, que a modelo foi a KTM, a tua “menina”, amigo Valdemar: Faltamos nós, bem mais fotogénicos (rs) e a habitual foto de GRUPO! Tive pena não te ter acompanhado neste passeio, se não tivesse outro compromisso, bem teria ido, vontade não me faltou. Bem captado o pormenor a gruta, esconderijo do Tino de Rans (só faltou lá colocares a bike) e as fotos das belas paisagens da aldeia de Couce, que nos faz recordar os passeios que já por lá fizemos. Parabéns pela crónica.
“Quem passa por Couce, não passa sem lá voltar…”
E nós, havemos de lá voltar, com mais calma, um dia destes.
Abraço,
Valdemar
Boa crónica Valdemar… só conheço Couce pela pedalada que fiz convosco na última vez… e só passamos de fugida…
Parabéns e claro, fotos espetaculares… como já nos tens habituado à muito…
Abraço
Obrigado Vítor.
No que toca a pedalar, fotografar e a escrever, faço o que sei e dou o que posso.
Abraço,
Valdemar