29 de Maio de 2016
11.º Passeio Dar ao Ped@L – ARCM – Citânia de Sanfins
Com a presença dos seguintes elementos do grupo, André Lourenço, António Magalhães, António Oliveira, Armando Teixeira, Augusto Tomé, Jorge Bastos, Jorge Oliveira, Nelson Leitão, Pedro Ferreira, Rui Teixeira, Sérgio Soares e Valdemar Freitas, realizou-se no passado domingo, dia 29 de Maio de 2016, mais um passeio, desta vez designado por “11.º Passeio Dar ao Ped@L – ARCM” – Citânia de Sanfins”, cujo destino, como se compreende da denominação do evento, foi a referida citânia, localizada no concelho de Paços de Ferreira.
A partida estava marcada para as oito da manhã, no Alto de Valongo e, logo após a distribuição dos frontais personalizados pelos participantes e um ligeiro atraso, deu-se inicio ao passeio, efectuando o grupo a descida por Langueirões em direcção à serra de Quintarei, que subiram pelo estradão já conhecido pela maioria dos elementos.
Antes da partida, o aguaceiro que caiu prometia um dia de chuva que não desejávamos de todo, mas que infelizmente esta triste Primavera, nos tem brindado por excesso o que, diga-se de verdade, é mau para a actividade mas não impede que a mesma se realize, pois até há quem goste de “brincar” com a situação, saltando as poças, deslizando na lama e derrapando nalguns regos, mais profundos, dando assim mais adrenalina ao passeio.
Pelo caminho, numa paragem para reforço, normal em todos os passeios, tivemos uma bela surpresa. O Magalhães, que trazia às costas uma volumosa mochila, como se estivesse num passeio de 3 dias, saca da mochila um Tuperware próprio para transporte de bolos e oferece a cada um de nós uma saborosa fatia de bolo, que alguém disse ser de alfarroba, aditivo mas próprio para equinos, mas que a todos deu energias extras para as subidas, à mão ou a pedalar.
E por trilhos de monte na serra de Quintarei e ainda nas serras de Santo Tirso e estradas secundárias lá fomos subindo e descendo montes e mais montes, com muita pedra solta e grandes regos provocados pela muita chuva que tem caído, o que nos obrigou em muitos casos a andar com a “menina” pela mão, até chegarmos ao alto do Monte Pilar e ao conhecido Radar da Força Aérea Portuguesa.
Por causa da foto de grupo, que encima esta crónica, junto do Cristo Rei, fizemos um pequeno desvio do percurso que o GPS indicava, tendo esse curto desvio provocado o maior engano do dia, pois ao voltarmos ao trilho, seguimos o percurso de volta, cujo traçado no alto do monte se cruzava com o da ida para a citânia, tendo esse engano aumentado em cerca de 10 km, o nosso percurso total.
Para recuperarmos o tempo perdido e a distância a mais, que nos separava do nosso destino em Sanfins, optamos por seguir por estrada até encontrarmos de novo o trilho em Santa Luzia e irmos primeiro almoçar, antes de irmos à citânia, no café Sampaio, em Cabanas, Santo Tirso, pois a fome já apertava e a hora de almoço já ia adiantada.
Já tinha avisado a malta ao que íamos, ou seja, apenas comer umas sandes e se houvesse e quisessem uma tigelinha de sopa, para retemperar energias para o resto do caminho e de volta às subidas até ao alto de Sanfins e à sua respectiva citânia, que alguns conheciam e outros desejavam ainda conhecer.
Que bem souberam as primeiras sandes de regueifa com rojões e algumas com salpicão e depois a sopinha de couve branca e feijão, condutos que animaram a malta para a segunda metade do passeio, a pontos de por essa altura ninguém se importar com o que teria de enfrentar de seguida, mais “arroz” e de novo “arroz”, ou seja, subir, subir e mais subir.
E assim foi, lá fomos trilhando terra e mais terra, pedras e mais pedras, lama e poças de água, paralelos e asfalto até que chegamos por fim, já com o tempo a prometer grandes mudanças e para pior, com mais frio e vento, à dita Citânia de Sanfins, onde depois de algumas fotos iniciamos a descida, primeiro por um trilho muito técnico e com alguma dificuldade e depois por outro completamente impróprio para bicicletas, totalmente não ciclável, até que tivemos de vestir à pressa os casacos da chuva, para mais um dos aguaceiros, que julgávamos nós, em breve desapareceria, como outros tantos que já o dia tivera.
Mas não, e o que mais de fenomenal nos aconteceu, foi o enorme dilúvio que apanhamos desde a zona da fábrica do IKEA, na Seroa e em toda a descida de asfalto até Agrela e à zona do melhor “ginásio” do mundo, a tasca meca de betetistas e motards, pelos famosos pratos de presunto e salpicão fatiado, acompanhados de regueifa acabada de cozer e um fresquinho vinho verde espadal.
Parecia que o mundo queria desabar em cima de nós, em forma de tromba de água e daí para a frente nada, em Água Longa, já não chovia, em Alfena a estrada estava seca e ao chegarmos a Ermesinde, já estava sol.
Anda o clima louco e o santo da chuva a brincar com o tempo ou isto está tudo uma enorme salgalhada, a Primavera já não é o que era e não nos quer ver a pedalar com sol e vento fresquinho na cara.
Mas quem anda, ou melhor pedala, por gosto, sabe que o BTT é isto tudo e não é a chuva, o vento, o sol a mais ou o que quer que seja, que nada impede um passeio Dar ao Ped@L, de ser memorável, como outros tantos que já tivemos e haveremos de ter.
Venha o próximo, que também terá muito que contar.
Valdemar Freitas
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