Tratava-se da Demolition Bike Revenge e não do Douro Bike Race conforme nos quiseram fazer crer…!
Tudo tinha contornos soft, o tempo fresco de manhã, o sussurrar calmo das águas do rio, o lento e calmo ajuntamento dos “atletas” montando e afinando as suas máquinas, enfim nada fazia adivinhar o “INFERNO” em que se viria a revelar este evento.
O parque mecânico estava repleto de “primas donas” trabalhadas até ao pormenor tipo rodas 26” à frente e 24” atrás, tal era o empenho “ao mais alto nível” destes bikers.
Parti de alguma forma intimidado com tal aparato e logo na primeira curva me apercebi que o meu estado anímico e psicológico não era dos melhores. Trazia Santiago acumulado e na semana anterior tinha puxado um pouco por mim lá prós lados de Couce.
Preocupações primeiras; gerir a pouca resistência e tentar não descolar dos restantes membros do nosso grupo, ponto final! Enquanto a primeira ia sendo gerida com algum custo, já a segunda se revelava mais difícil, não só pelo andamento adotado pelos ditos, mas também pela confusão dos muitos bikers em prova.
Foi um rodopio de rodas e pernas e pernas e rodas e eu a ve-los passar….! Comecei a stressar e o fantasma da desistência começou a pairar no meu subconsciente, mas conscientemente eu acreditei como acredito sempre, quando se aceita um desafio duas coisas podem acontecer ou se ganha ou se perde, desistir é apenas opção e esta só faz parte desta guerra por motivo de força maior…!
Tenho a sensação de me ter arrastado pelo trajeto de forma obsessiva e amnésica, apenas fixando um ou outro resistente que tal como eu teimava em não atirar a toalha ao chão.
Molhado de tanto suor estava todo o “equipamento” e o calor apertava a garganta seca com poucos postos de reforço à mistura. Justiça seja feita uma boa organização, boa sinalização, boa assistência a avarias mecânicas, mas poucos “reforços”. Ponto a rever…
Dos colegas nem sombra, até que ao fundo de um dos muitos estradões a subir (pois claro) avisto o Mascarenhas e o Oliveira em jeito de também estarem a ter alguns problemas, mas entretanto o Oliveira descola e fica o Mascarenhas para trás (bendita a hora diria eu!) o qual venho a apanhar, salvo seja, um pouco mais à frente.
A partir daqui e durante todo o resto do percurso, tivemos um “manco” e um “moribundo”, ao despique, apoiando-se um no outro, qual deles o primeiro a tomar a iniciativa de desistir(mos) !
Coisa gira de se ver…! Mas contingência das contingências, não é que resultou ao contrário…!
O que se tinha tornado num processo de intenções, veio a revelar-se um processo de vitória, Km atrás de Km, posto de controle atrás de posto de controle “são só mais 5Km” e depois desisto” de reforço em reforço, fomo-nos aproximando da meta, não posso mais… dobrava-se um até aos joelhos!
Estou todo arrebentado queixava-se o outro com a boca aberta até ao umbigo…! E a serrania e o calor e o estradão e a subida e o cansaço reclamavam as suas vitimas..! Não, não chegaram a sobrevoar-nos abutres seus…. Abutres!
Mas eis que como num passe de mágica começamos a descer…! Aquilo que nos tinham prometido começava a acontecer….Afinal sempre havia descidas neste trajeto… e aí ganhamos asas…!
Levantamos voo e só pousamos duas vezes porque a terra estava já tão solta de tantas travagens que já não garantia tracção… e aí levantávamos outra vez voo até que vislumbramos o nosso aeroporto a meta… Um à frente e outro atrás…!
Até que num momento de emoção de aposta ganha, agarramos as mãos e cruzamos a meta unidos pela amizade e pelo sofrimento comum ultrapassado… Os tais VENCEDORES….!
Note-se que esta chegada apoteótica, apenas concedida a alguns, foi salvada pelos espectadores de forma entusiástica….
Roam-se os que chegaram primeiro…! (Vocês sabem quem)
Parabéns Jorge Bastos pela crónica e por teres no DBR persistido até ao fim, apesar do sofrimento.
Aliás, todos nós sofremos um pouco, com as subidas, com o calor, com sede, etc.
Mas, valeu a pena termos participado, fica sempre mais experiência e vontade de fazer melhor.
Abraço,
A foto dos 2 VENCEDORES é o testemunho do espírito de companheirismo que reina entre nós, os amigos do Dar ao Ped@L.
Destaco a tua última mensagem, Jorge Bastos, “o momento de emoção de aposta ganha, agarramos as mãos e cruzamos a meta unidos pela amizade e pelo sofrimento comum ultrapassado… Os tais VENCEDORES….!”
É esta entreajuda que é preciso manter entre todos os companheiros do Dar ao Ped@L e que temos partilhado ao longo outros passeios, aventuras que fizemos em conjunto (com referência também aos caminhos de Santiago).
Parabéns pela Crónica e que este espírito de amizade perdure sempre entre nós, os companheiros do Dar ao Ped@L
Parabéns Jorge Bastos pela crónica e por teres no DBR persistido até ao fim, apesar do sofrimento.
Aliás, todos nós sofremos um pouco, com as subidas, com o calor, com sede, etc.
Mas, valeu a pena termos participado, fica sempre mais experiência e vontade de fazer melhor.
Abraço,
A foto dos 2 VENCEDORES é o testemunho do espírito de companheirismo que reina entre nós, os amigos do Dar ao Ped@L.
Destaco a tua última mensagem, Jorge Bastos, “o momento de emoção de aposta ganha, agarramos as mãos e cruzamos a meta unidos pela amizade e pelo sofrimento comum ultrapassado… Os tais VENCEDORES….!”
É esta entreajuda que é preciso manter entre todos os companheiros do Dar ao Ped@L e que temos partilhado ao longo outros passeios, aventuras que fizemos em conjunto (com referência também aos caminhos de Santiago).
Parabéns pela Crónica e que este espírito de amizade perdure sempre entre nós, os companheiros do Dar ao Ped@L
Sem comentários, fiquei rendido a esta crónica, palavras para quê.
Parabens por enfrentarem este desafio e parabéns por a crónica. Abraço e Ate dia 28 Outubro.
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Eu gosto de dor!!!!!! NO PAIN NO GAIN!!!!!
ABRAÇO
Eu sou sincero, de dor não gosto muito, mas com uma crónica destas, não há dor que resista. Boa malha Jorge. Grande abraço!
Grande Jorge, descreveste na perfeição tudo aquilo pelo que passamos. Aquele final foi a maior vitória que podiamos ter tido.