Pelas 8 horas da manhã do dia 23 de Agosto de 2012, partiam da Sé Catedral do Porto, um grupo de 8 amigos e peregrinos em bicicleta com destino a Santiago de Compostela.
Lá arranquei eu na minha peregrinação, pedalando e pensando na minha vida e nas possíveis dificuldades que tinha que enfrentar.
Ao chegarmos a Vila do Conde, já andava-mos às voltas por causa das ditas setas amarelas, indicando a direção de Santiago de Compostela.
Depois do almoço em Fão apanhamos uma série de trilhos de pedregoso terreno que nos estoirou com o dito cujo (assento).
O primeiro dia não foi nada fácil para mim, não estava habituado a andar tantos quilómetros, porque apesar de ter treinado antes de partir, andar de Bike três ou quatro horas, é diferente de andar 8 ou 10 horas por dia, mas lá chegamos a Caminha, que era o nosso primeiro destino.
No segundo dia partimos de Caminha fazendo a travessia do rio Minho de ferry para A Guardia,
Durante o trajeto que é todo á beira-mar até Baiona, lindo não fosse a maldita chuva aparecer o passeio seria muito mais aliciante, chuva essa que esteve presente durante o dia todo até o grupo chegar a Pontevedra, neste dia a maldita chuva arrebentou com a malta toda.
Instalados por fim, e jantados, toca a deitar. Adormeci logo. Duas razões poderosas estavam na génese do adormecimento súbito. Uma, era o cansaço a outra, barriga cheia. Peço desculpa aos meus companheiros de quarto pelo meu ressonar.
No terceiro dia lá partimos nós com destino a Santiago, alguns companheiros já tinham feito este percurso no ano passado quando foram pelo caminho interior e disseram que era quase todo a subir, havia que reunir forças e energias para a parte final, e trilho após trilho, muito bonitos neste percurso, caminho após caminho lá chegámos todos juntos, e sem mazelas a Santiago.
Gostava de destacar o trabalho e dedicação que o meu irmão Valdemar teve com os carimbos e a leitura das rotas e mapas.
Da minha parte o meu muito obrigado, e um abraço a todos os companheiros nestes dias pelo apoio, convivência e amizade, bem hajam.
Em certos momentos vamos a rir, tem outras alturas que dão para chorar, enfim podem crer que apesar do tremendo esforço físico, a parte psicológica é bastante importante.
Esta experiência foi para mim, pessoalmente muito rica em valores humanos, de fé e sentido de entre ajuda enorme, pois ao longo da caminhada vive-se todo o tipo de sentimentos.
4 comments on “Caminho de Santiago 2012 – Caminho da Costa – por Rogério Freitas”
Parabéns irmão.
Para estreante nestas andanças, fizeste o possível e isso, foi chegar a Santiago bem e feliz, como todos os outros.
Para o ano será ainda melhor.
Abraço,
Parabéns irmão.
Para estreante nestas andanças, fizeste o possível e isso, foi chegar a Santiago bem e feliz, como todos os outros.
Para o ano será ainda melhor.
Abraço,
muito bem, uma visao pessoal da viagem. espero q fique a vontade de repetir….
abraço
Boa crónica Rogério e uma excelente aventura, sem dúvida alguma. Abraço
Estes Freitas!!!… têm queda para estas coisas..
Mui bien
Um abraço