23 de Março de 2013
Exatamente um mês após me ter estreado nestas andanças do Circuito NGPS, com o Jorge Oliveira, eis que é chegado dia da 2.ª Etapa do Circuito NGPS, desta feita por terras do Gerês, o que por si só, é já um convite a belíssimas paisagens, serras fantásticas, subidas daquelas que nós bem conhecemos e descidas alucinantes, tudo isto regado com deslumbrantes paisagens que parecem pinceladas por um artista, qual Malhoa.
Do Porto a Amares é aproximadamente uma hora de caminho, pelo que às 6 da manhã toca a levantar e fazer a recolha dos companheiros de mais uma aventura, desta feita foram o Jorge Oliveira e o José Paulo Rodrigues Correia. Tinha marcado encontro com o Ricardo Ferreira às 7 horas no posto de abastecimento da Galp já na A3 a caminho do nosso destino – Amares, chegamos, já o Ricardo aguardava por nós no seu carro, já que o Sérgio Caban, por motivos de força maior não pode comparecer.
Café da manhã tomado, dirigimo-nos até Amares pela A3, que é como quem diz foi uma pressinha, às 8 horas e pouco estávamos em Amares, no C. D. R. C. Amarense junto ao campo de futebol do C. D. Amares, local do secretariado, levantamos os nossos dorsais, juntamente com a agradável surpresa – 5 laranjas – disse-me o José Paulo, que Amares é terra de citrinos, portanto, nada mais natural.
Levantados os dorsais, carros estacionados, bicicletas no chão e equipados a rigor, é hora de partirmos em direção à nossa aventura no Gerês, logo com uma subidinha de 6 km em direção ao monte de São Pedro de Fins.
O GPS acusa 50 quilómetros para percorrer e 1800 metros de acumulado positivo, partimos por estrada para aquecermos os músculos e o corpo da chuva que caía desde que saímos de nossas casas, trocamos logo as voltas no início, já que os tracks de partida e chegada estão juntos, daí a confusão, mas logo à frente retomamos o caminho correto.
Daqui é possível avistar o mar, segundo informação dos nossos amigos Superfraquinhos, dependendo é claro, das condições climatéricas, que da parte da manhã não foram muito favoráveis.
Enquanto íamos parando e fotografando ou fotografando e parando, o José Paulo deu corda aos pedais de encaixe (novos) e toca a desaparecer, entretanto nós fizemos um pouco de palhaçada até que ele chegasse, sim porque sem GPS não iria muito longe, mas lá voltou após algum tempo.
Após algum tempo decorrido e porque os estômagos já começavam a ressentir-se de algum esforço, decidimos parar e lanchar, junto à esta simpática capela aqui em baixo, o cheiro a assado e arroz de forno, quando passamos por certos locais é inebriante, dá vontade de parar e sentarmo-nos à mesa a comer tamanho manjar.
Continuámos o nosso caminho, tempo para reabastecer de água, conforme assinalado no GPS.
Todos abastecidos de água, mais uma subida, conforme indicado no Guia do Participante, e que subida.
Como tudo o que sobe, também desce e vice-versa, depois de chegados ao topo, eis que somos brindados com umas descidinhas a gosto e contento de alguns. Pelo meio alguns trilhos e single tracks fantásticos e com paisagens a condizer.
Por volta da uma hora da tarde chegamos ao santuário da Nossa Senhora da Abadia, local onde almoçamos e tomamos café.
De assinalar que neste local o Jorge Oliveira ainda cedeu gentilmente o seu telemóvel a três betetistas que voltaram para trás porque a um deles rebentou-lhe o cepo, eu sei bem o que isso é, se sei.
Mas assinalável é o facto de o pessoal nem se dar ao trabalho de ler as regras do Circuito NGPS e irem praticar BTT em condições de Autonomia Total e, de três pessoas, nenhuma levava um simples telemóvel, conforme recomendado pela organização (!), queria ver se fosse o caso de ser um acidente como é que iam socorrer o amigo, enfim, algo sobre o qual vale a pena pensar.
Após o almoço e para não esmorecermos, os Superfraquinhos encarregaram-se de por o pessoal a subir 11 kms de uma assentada.
“To be, or not to be, that is the question…”
É claro, que pelo meio da subida, paramos e fotografamos até dizer chega, assim como houve tempo para as nossas brincadeiras, afinal de contas estávamos ali para descomprimir do stress diário e sem horas para chegar, portanto, toca a aproveitar.
A beleza dos trilhos é simplesmente indescritível, é um chavão, mas só mesmo visto, só estando lá, se pode realmente apreciar e perceber do que estamos a falar. Não acreditam?
Então e agora, já acreditam? É o nosso Gerês, simplesmente fantástico, único.
Os companheiros de aventura que se juntaram a mim e ao Jorge Oliveira – o Ricardo Ferreira e o José Paulo, estavam como eu, deslumbrados pela beleza das paisagens e pelo desafio que nos propusemos fazer e cumprir.
A determinada altura chegámos ao local onde fizeram um pequeno abastecimento de bolas de Berlim, facto que não é habitual acontecer e que nos fez espécie e curiosidade, sobre de que seriam tantas caixas de bolos, eheheh… chegamos tarde, como o nosso ritmo é lentinho, quase parado, os organizadores já tinham ido embora. Não desanimamos, continuámos em frente.
Estas belezas naturais existem um pouco por todo o nosso país, mas no Gerês e em cima de uma bicicleta de BTT, tem outro encanto.
Esta foto ilustra na perfeição o tipo de trilhos que percorremos.
Mais um single track fantástico e mesmo a jeito para a pose fotográfica.
E já perto do fim ainda houve tempo para percorrer as pistas de Santa Isabel e a geira Romana.
Em jeito de conclusão, resta acrescentar que chegámos ao local de partida eram 20 horas, ou seja, já era de noite, isto porque o José Paulo, quase no final teve um furo, e gerimos mal o nosso tempo, facto esse, que causou alguma preocupação aos elementos da organização os SuperFraquinhos, a quem desde já endereçamos as nossas mais sinceras desculpas pelo sucedido, mas os culpados foram vocês que fizeram um passeio fantástico, mas ainda assim foram extremamente simpáticos, facultando-nos um banho quente e surpresa das surpresas, tinham guardadas 2 bolas de Berlim para cada um de nós, numa palavra – fantásticos!
E porque acho que a generalidade das imagens, valem muito mais que palavras, deixo-vos com algumas estatísticas sobre o nosso passeio de sábado passado, a saber:
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Quilómetros percorridos: 52 Kms
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Tempo previsto conclusão: 5 horas
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Tempo a pedalar: 11 horas
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Avarias: 1 furo
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Fotos: Incontáveis
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Vídeos: Em edição
Parabéns uma vez mais Augusto Tomé pela tua excelente crónica.
Só nos estás a fazer inveja, pelos teus relatos destes circuitos NGPS.
Pela minha parte prometo que hei-de participar em algum dos próximos.
Abraço,
Fico à espera Valdemar que te juntes a nós num dos próximos eventos. Obrigado e um abraço!
Um relato muito bom…. Demonstra a paixão e o momento.
Parabens
Ficámos à espera de mais um novo participante meu caro amigo, obrigado pelo comentário. Abraço.
muito bem, desperta a curiosidade por este tipo de eventos.
abraço
Obrigado Cesar, não queres “matar” essa curiosidade? Abraço.
Cada vez estou mais entusiasmado com as tuas crónicas Augusto Tomé sobre o NGPS. Estou ansioso por me estrear nesta modalidade. Não fosse a maratona de Portalegre, que é no mesmo dia do próximo NGPS, na Figueira da Foz estaria a fazer-vos companhia na Serra da Boa Viagem. As fotos e o teu relato documentam bem a beleza das paisagens e dos trilhos que os amigos tem explorado
Obrigado caro amigo Mário Dantas, espero que brevemente nos acompanhes numa destas aventuras, fico à tua espera. Abraço.
Caro Tomé, obrigado por me teres entronizado na confraria do NGPS onde nos comprometemonos a pedalar, divulgar e proteger alguns dos locais mais belos do país. As tuas crónicas espelham a tua paixão pela naturesa, pelo BTT e pelo convivio com os amigos. Só há uma maneira melhor de sentir estas aventuras: é participar. Gostaria de contar com a tua companhia na Figueira da Foz assim como da imensa mole humana que já é o Dar ao ped@l. Abraços.
Jorge estás automáticamente comprometido em participar, só se for por motivo de força maior, caso contrário, estou sempre a contar contigo, foste o 1.º a acompanhar-me, na minha e na tua estreia, neste tipo de passeios, pelo que acho que é mesmo isso – participar, sempre que possível. Grande abraço!
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