6 de Novembro de 2011
Desta vez, o agrupamento dos elementos do grupo fez-se no Alto da Maia e na Travagem e o destino do Dar ao Ped@L foi rumar a Norte, tendo como destino o santuário de Nossa Senhora da Assunção, sito no monte com o mesmo nome, na freguesia de Monte Córdova, no concelho de Santo Tirso.
Por se situar a uma altitude de cerca de 457 m, este local é considerado pela organização da Volta a Portugal em Bicicleta, como um ponto de 2ª Categoria no que se refere ao Prémio de Montanha.
Inicialmente, a ideia era subirmos até ao nosso objectivo pela EN 319, toda em asfalto, desde Santo Tirso até ao santuário, e fazermos as mesmas subidas que os ciclistas da Volta a Portugal, fizeram em Agosto deste ano.
Como tivemos alguns atrasos no agrupar da malta que veio do Porto e ainda que verificar as pressões de alguns pneus, quando chegamos a um cruzamento da EN 105, que também dá acesso ao dito santuário e uma vez que já estávamos atrasados, optamos, depois de se conferenciar entre todos os elementos, por subir por Valinhas, tomando inicialmente uma estrada em paralelos não muito íngreme e depois uma outra em asfalto, já com muita inclinação, que nos levou até ao cimo do monte.
Diz o nosso amigo pedalista Mascarenhas, que já subiu pelos dois lados, que a outra subida é bem mais demorada e difícil pois é mais longa e com subidas, quase sempre em curvas sucessivas e a exigir muitas “pernas”.
Eu, só conheço a subida por este lado e pelas minhas contas, desde o cruzamento até ao cimo, demorei 37 minutos e tive um valente esforço, bem compensado pelas vistas que se tem sobre a cidade de Santo Tirso, do Vale do Ave e em alguns dias limpos, de Leça da Palmeira e obviamente, do mar.
Com tuda a malta reunida no santuário, houve lugar à foto do grupo, ao restabelecimento de energias com as bananinhas do costume, as barritas, as bebidas energéticas, água e depois os cafezinhos da ordem, tomados num café sito nas traseiras da basílica.
Já depois de elucidados, sobre como deveríamos chegar às cascatas do rio Leça, no lugar de Valinhas, por um simpático tirsense, tomamos uma estrada de terra no alto do monte, também frequentada por adeptos do motocross e de motos-quatro que nos levou, com prévia passagem por estreitas ruelas, até à entrada da localidade de Valinhas.
Daí, seguimos a nossa já conhecida estrada em asfalto até um cruzamento que dá para uma outra estrada em terra, até um cruzeiro onde existe um percurso pedestre de pequena rota (PR), devidamente sinalizado.
Por lá nos metemos a descer até que tivemos mesmo que saltar das bikes e levá-las à mão, pois este trilho, para quem desce a pé, já é um biscate, fará para quem vai de bicicleta.
Mas foi “porreiro pá”, pois fez lembrar outra aventura, sobretudo para aqueles que tinham ido a Santiago em Setembro e mostrar aos outros, o tipo de caminhos por que passamos e que vencemos.
O pior ainda estava para vir, numa qualquer descida, numa estrada de terra cheia de pedras, buracos e regos fundos, que nos levaria até junto das cascatas do Leça, a que não chegamos a ir, com muita pena minha.
Mesmo com todos os cuidados e algum receio à mistura, todos nós podemos cair ou quase aterrar no solo, mas o que não podemos, de alguma forma evitar, é ter um furo ou uma avaria nos nossos equipamentos e, foi isso mesmo que aconteceu com o Costa, que num dos saltos que deu, para evitar um rego, partiu o desviador traseiro, ficou sem puder meter mudanças e mesmo sem puder pedalar.
Não fosse a sabedoria do “nosso” experiente mecânico, no que toca a tudo o que se relaciona com manutenção/reparação de bicicletas e às ferramentas que transporta, apropriadas a este imprevistos e certamente o Costa teria que arranjar outro tipo de transporte para ele e para a sua bike.
Não foi isso que aconteceu, pois com a bike do Costa, minimamente reparada, com a corrente encurtada e posicionada, salvo erro, na mudança 2/3 e o facto de ter que pedalar com mais custo, que nos pusemos de novo ao caminho, directos para casa, dando graças por temos no nosso grupo tão valioso elemento na arte velocipédica – o amigo Jorge Bastos.
E assim se pedalou, numa fria manhã de Domingo.
Valdemar Freitas
(António Oliveira, Eduardo Costa, Emanuel Mascarenhas, Jorge Bastos, José Carlos, José Sousa e Mário Dantas)
Já tínhamos saudades das tuas crónicas, excelente reportagem, como bom observador que és. Uma referência especial a 2 companheiros do Grupo, António Oliveira e Jorge Bastos, o primeiro pelo espírito de camaradagem, a apoiar os mais debilitados, o ciclista “vassoura”, Mário Dantas, e o amigo Costa, da “herbalife”que ficou limitado à velocidade 2/3, depois de ter partido o desviador, caso não fosse a prestigiosa ajuda do nosso mecânico, Jorge Bastos, sempre disposto a reparar as avarias das bikes do Grupo. Como alguém disse, com a fuga das lebres estes passeios, estão a tornar-se numa espécie de prova de competição. Assim que tiver uma bike com asas ou com hélice, vou passar para a frente do pelotão…e mais não digo
Ena!!! porreiro pá…. Obg