Acordei às 7h50 da manhã, preparei os últimos detalhes, enchi o bidão e abasteci de barras energéticas os bolsos da minha jersey.
Os pontos de encontro eram os do costume e o destino da aventura de hoje, era o trilho dos Reis, por terras de Alfena e da Maia, o mesmo que já tínhamos feito com o BTT Alfenense em Janeiro passado e repetido numa outra altura.
Desta vez, o tempo estava a ameaçar chuva mas no céu apenas se viam as nuvens. Nuvens e algum vento que fazia abanar a folhagem do arvoredo e dançar os ramos mais finos.
“Não vai ser fácil”, pensei.
A jornada começou com a presença de quinze elementos e de uma estreante, a Patrícia Silva (Tixa para os amigos) – estreia absoluta nas nossas pedaladas de um elemento feminino.
Mais tarde, ao juntar-se a nós o Frederico, batemos o recorde e totalizamos num único Dar ao Ped@L, a presença de 17 elementos.
Antes do ataque aos montes, fomos desde Ermesinde pela estrada até Alfena.
O grupo seguia alongado, consequência dos diferentes ritmos de aquecimento dos participantes mas, o ritmo em geral era bom e em pouco minutos já estávamos a atravessar uns campos rurais em Alfena e um campo onde pastavam dois cavalos que resolveram entrar em cena, mais parecendo uma tourada, onde eles procuravam as bikes em vez dos touros.
Abandonamos os caminhos rurais, tomamos de novo o asfalto e poucos minutos depois estávamos nas subidas íngremes e muito longas onde tive um pico de hipoglicémia que me levou a parar por alguns minutos, ingerindo rebuçados e água tipo limonada, sempre com a presença do Martinho Sousa que não me abandonou.
Era aqui que começavam as verdadeiras dificuldades do percurso, deste ponto até ao topo da Serra.
Face a tamanho desafio, aproveitamos a subida para descansar e recarregar as reservas de energia, tempos difíceis nos esperavam mais à frente, com lama e terreno muito incerto.
Seguiram-se uns momentos de alegria entre os pedalistas, sempre preocupados com a nossa PRINCESA, pois era a sua primeira vez a pedalar com este grupo de Dar ao Ped@l.
Mais à frente, já com cerca de 6 km de percurso, aparece a tal descida muito perigosa, onde o Pires com a sua bike tentou soltar os travões e resultado final!! Um grande “terno”.
O sol começou a sorrir, os impermeáveis iam saindo do nosso corpo e, a velocidade e o ruído dos pneus a galgar o trilho conjugaram-se para conferir um certo surreal ao momento.
Chegados novamente à estrada, aproveitou-se para reparar a roda do Pires que ficou tipo um “8”. Ora aperto aqui, ora aperto acolá, lá se reparou a roda.
E de quem seria a obra? É claro, do mecânico do Dar ao Ped@L, o nosso grande Jorge Bastos.
Nós os dezassete, tinhamos agora à espera uma descida em asfalto para loucos… se o radar lá estivesse, todos eram multados. E que descida memorável!
No seu final, tivemos que virar à direita, atravessamos caminhos com muita água e não só, um local com um cheiro nauseabundo das fezes das vacas, o tal perfume da natureza, que origina uma azia constante.
Antes da paragem do nosso habitual coffee-break ainda houve quem se enterrasse literalmente na lama, coisas de puro BTT.
Chegamos ao café todos enlameados. Deixamos o café todo sujo mas “sem problemas” para a dona, que nos recebeu com muita simpatia e nos serviu muitíssimo bem.
A nossa menina Tixa portou-se muito bem, sempre sentada no seu eterno sofá e com pernas para nos acompanhar de igual forma, neste e noutros percursos que venhamos a enfrentar.
PATRÍCIA SILVA
Chegados a Alfena, à estrada nacional, foi o rasgar do asfalto e à medida dos pontos de desencontro, o grupo ia ficando reduzido com o regresso dos seus elementos, às respectivas casas.
Não quero ser surrealista, mas tenho a liberdade de o dizer, foi um dos melhores trilhos que fiz acompanhado com as pessoas que eu adoro e que já fazem parte da minha vida.
3 comments on “Dar ao Ped@L – Trilho dos Reis – Alfena”
Não me canso de dizer que temos que contar as nossas aventuras do Dar ao Ped@L, e tu Oliveira, não nos deixas ficar mal.
Muito pelo contrário, transmites-nos toda a tua emoção e alegria em pedalares connosco.
Parabéns Oliveira, pelo teu esforço em registar mais este percurso, dia em que o Dar ao Ped@L, bateu o recorde de participações. Obrigado pelas palavras que dedicaste aos amigos, que te acompanham, no pedal. A seguir a este, mais trilhos estarão á nossa espera, os quais nos dão saúde e reforçam os nossos laço de amizade. Já não consigo passar uma semana, sem pensar no entretenimento das manhãs de Domingo. Ainda ontem num jantar de amigos da Faculdade, se falava no Grupo Dar ao Ped@L. Grande equipa, ou quiserem team. Parabéns á Patrícia, a 1ª mulher a integrar a equipa. Mas outras mulheres se seguirão, não tenho duvida, depois da coragem da Patrícia, em se juntar ao Grupo. No Dar aos Penantes elas já se manifestaram, bem equipadas e com boas máquinas, prontas para pedalar. Por isso, de que estão á espera?
Não me canso de dizer que temos que contar as nossas aventuras do Dar ao Ped@L, e tu Oliveira, não nos deixas ficar mal.
Muito pelo contrário, transmites-nos toda a tua emoção e alegria em pedalares connosco.
Uma vez mais,
Obrigado Oliveira.
Parabéns Oliveira, pelo teu esforço em registar mais este percurso, dia em que o Dar ao Ped@L, bateu o recorde de participações. Obrigado pelas palavras que dedicaste aos amigos, que te acompanham, no pedal. A seguir a este, mais trilhos estarão á nossa espera, os quais nos dão saúde e reforçam os nossos laço de amizade. Já não consigo passar uma semana, sem pensar no entretenimento das manhãs de Domingo. Ainda ontem num jantar de amigos da Faculdade, se falava no Grupo Dar ao Ped@L. Grande equipa, ou quiserem team. Parabéns á Patrícia, a 1ª mulher a integrar a equipa. Mas outras mulheres se seguirão, não tenho duvida, depois da coragem da Patrícia, em se juntar ao Grupo. No Dar aos Penantes elas já se manifestaram, bem equipadas e com boas máquinas, prontas para pedalar. Por isso, de que estão á espera?
Obrigado Oliveirinha pela excelente crónica. Só te esqueceste de referir no final que aquilo que nós mais queremos é monte e lama.